APAGÃO DE LÍDERES

APAGÃO DE LÍDERES

Desde que o mundo é mundo, a presença de um líder foi, é, e sempre será requerida, todos nós ansiamos por uma liderança. Somado a esse tempo de pandemia, o pouco que se tinha, acabou se perdendo entremeio às incertezas geradas no mundo inteiro. Tendo ficado à deriva, cada elo de segurança, foi se rompendo, ao ponto de não ter onde se firmar – qual a verdade sobre o vírus, sobre a vacina? De onde viriam as informações em que pudessem ser acreditadas? O mundo inteiro se sentiu perdido em densas trevas. Assim, o que era perfeitamente sentido, com o desaparecimento de grandes líderes, um mundo órfão cambaleia tentando seguir em frente. Por exemplo, em Israel: Benjamin Netanyahu, político israelense que serviu como primeiro ministro de Israel de 1996 a 1999 e uma segunda vez de 2009 a 2021; Margaret Hilda Thatcher, na política britânica, exerceu o cargo de primeira-ministra do Reino Unido de 1979 a 1990 e líder da oposição entre 1975 e 1979; Anthony Lynton Blair, também primeiro-ministro britânico do Reino Unido de 1997 a 2007, e foi líder do Partido Trabalhista de 1994 a 2007 e de membro do Parlamento Britânico de 1983 a 2007; Mikhail Sergeevitch Gorbatchov, estadista e político russo, oitavo e último da União Soviética, foi Secretário Geral do Partido Comunista da União Soviética de 1985 a 1991. Falecido em 30 de agosto 2022; Jacques René Chirac, foi prefeito de Paris, e primeiro-ministro da França, de 1974 a 1976 e de 1986 a 1988. Foi também presidente da França, de 1995 a 2007; Willian Jefferson “Bill” Clinton, presidente dos estados Unidos, entre 1993 e 2001; João Batista de Oliveira Figueiredo, militar, político e geógrafo brasileiro, foi Presidente do Brasil, de 1979 a 1985, tendo restruturado a democracia no seu governo. No esporte, Airton Sena, Pelé, Garrincha, Guga no tênis, João do pulo – estes que eram verdadeiros símbolos de vitória, é claro que tantos outros, dos quais não se fala mais. Bom que se diga que este apontamento é aleatório, todavia, representando um tempo em que se referenciava lideranças que davam ânimo no dia a dia. Na atualidade enfrentamos um apagão de líderes, desde os mais altos escalões da história, na música, na literatura, e, mesmo nas instâncias de menor escala – governos estaduais, municipais, até mesmo na importância de um Papa para os católicos – desde João XXII, não se teve um líder que contasse com a simpatia de seus fiéis. Da mesma forma, podemos dizer entre as denominações Evangélicas, a ausências de verdadeiros líderes, o que contribuiu para estabelecer o que chamamos de envangelicalismo, o que pode ser entendido como perda de identidade. Tudo isso é muito ruim, pois que todos queremos ter um referencial a partir dos que nos lideram. “Ao ver as multidões, Jesus sentiu grande compaixão pelas pessoas, pois que estavam aflitas e desamparadas como ovelhas sem pastor” (Mt.35.36). Assim, um mundo se sentindo desamparado, perde as esperanças por dias melhores, pois que não se fala do desaparecimento do vírus da Covid19, mas da sua permanência, continuando a matar pessoas inocentes traídas por pessoas más que construíram um vírus deliberadamente em prol da diminuição da população mundial (esta é a maior especulação). E quando todo mundo se sente traído e perdido, não há onde se segurar, se não, apenas apelar aos céus pedindo socorro. Dado a esse apagão de líderes, cada vez mais vão surgindo “lideres” de si mesmos, onde tudo é válido, onde se pode fazer de tudo, onde não mais prevalece a ética e os bons costumes. Ladrão passa a ter dignidade, pessoas de bom senso são chamadas de idiotas, mentiras se tornam em verdades, ou tanto faz. Pelados ou vestidos, moral ou amoral, arte e vandalismo em nome da liberdade. Vivemos um ceticismo, onde o espírito humano não mais tem como estabelecer a verdade, preferindo viver nas suas dúvidas, na sua abdicação, incapacidade de uma compreensão metafísica, religiosa ou absoluta do que é real – todos aqueles que se tem manifestado sabedor de tudo, e, por si mesmo tomas as decisões do que lhe vier a cabeça, sem, portanto, sentir-se “protegido” ante a ausência de um referencial. Sendo um cético, não há como ser construído um líder. Sofremos de um apagão de líderes. 02-09-2022