A REAL DIMENSÃO POUCO PERCEBIDA.

Com enorme quantitativo numérico, não com qualidade desejada, mas em princípio calcado em fé anímica, pretensão legítima, vários inclinados para crenças principais e suas pulverizações, múltiplas, todos aspiram viver uma vida eterna após a última partida.

Toda essa estrutura construída nessa busca febril, invadindo costumes, literatura, tragédias e histórias em somadas experiências sociais milenares, tendo como foco e meta nossa passagem, seria, condicional pois, viver eternamente em nobres e grandes espaços, ou não. A ver.

MAS NINGUÉM QUER MORRER!

Ninguém, do mais infeliz e necessitado ao vencedor feliz e bem sucedido.

Por quê?

Por ser o maior bem viver, e viver aqui, pelo menos por enquanto, quando não se conhece o novo. E quando se conhecerá o novo? Morrendo!

É o único novo que se irá conhecer um dia; todos. Tudo mais conhecemos enquanto vivemos a vida terrena.

Mas acontece um certo metaverso nessa equação. Estamos situados nesse caudal ficcional, irreal. Em termos de computação, vamos aos poucos ingressando nele; metaverso.

Vivemos um metaverso no existir sob esse aspecto fundamental; metaverso conceitual, virtual em dimensão projetada, onde os acreditados em algo mais, continuam a caminhada na sua forma individualizada, esperando a concretização para o inevitável.

Viver, morrer não, ainda que seja para viver uma vida eterna onde não se morre, nosso maior temor.

Há uma fidelização pela vida eterna, mas ninguém a quer, basta ficar na fé que cura temores, e conforta espiritualmente, a mesma fé que o poeta Lucrécio romano dizia ser praticada pelo temor à morte.

Morrer, esse desfecho, é a única experiência nova durante toda uma vida, vivo.

Morrer é o único novo desconhecido que só será conhecido quando esta porta aberta revelar o tudo ou nada.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 02/09/2022
Reeditado em 02/09/2022
Código do texto: T7597080
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.