Arminha com a mão

Os ditos cristãos que fazem arminha com a mão, podem não conseguir dizer o que querem com isso, mas o que queriam era dizer que: amor ao próximo diz respeito sim, ao próximo também sem amor, é óbvio! Porém amor propriamente dito, diz respeito inclusive a que se ame a si mesmo. Não é razoável amar-se a si mesmo e não querer defender-se. Também não é razoável que um cristão, de verdade, enalteça um simbolo de violência em detrimento dos símbolos pacíficos do evangelho de Jesus. No entanto o que os ditos cristãos querem dizer, pode sim ser entendido, sem qualquer mimimi. Não há, por parte destes, uma apologia à violência, pelo contrário, tentam dizer que a violência dos verdadeiros violentos pode ser combatida com defesa violenta. É muito fácil de entender. Pode não ser fácil de aceitar, por quem pensa que os violentos estão abertos a diálogos. Meros pueris.

Os cristãos de fato, não fariam arminha com a mão, eu sei. Inclusive penso estar entre estes do segundo grupo que cito. Muito embora a bíblia dos cristãos os ensine que devem "ser mansos como uma pomba, mas prudentes como serpentes". As serpentes não atacam primeiro, elas se defendem. O fato de fazer arminha com a mão ou não, não exclui o fato de que um cristão verdadeiro não tenha ou não possa ter uma arma em casa. Mas excluiria sim, de quem é maduro impartidario ou que toma partido da verdade soberana, o fato de que quem faz ou deixa de fazer é tão respeitável quanto os seres humanos violentos defendidos por aqueles que odeiam os que fazem arminha com a mão.

No fim, somos todos violentos em nossas medidas de violência. Uns com arminhas nas mãos, outros sem estas, mas armados até os dentes com ódio daqueles a quem dizem odiar o violento. Este último, é que é o verdadeiro violento que, sem razão, tira a vida de outros para lhes tomar pertences e que é mais defendido em suas ações imorais de violência do que quem, por imaturidade ou mera tolice, faz arminha com a mão. Temos muito trabalho a ser feito com nossas mãos. Não percamos tempo com o ódio.