Camaleões

Não há ciência que ateste um querer

Pelo mero desejo imediatista de fuga

Não há decência a se corromper

Se for mero o ensejo a que julga

Essa geração sem critérios de escolha

Se subjuga ao cúmulo do ridículo

Plantando sem saber o que a sorte colha

Colhendo sem querer o seu pior currículo

Não há argumento que rebata um fato

Não há ser ingrato que não caiba em si

Toda objeção àquilo que é inato

É o pior dos trapos com o qual travestir

Uma geração que ignora a outra

Seja em tradição ou pela distração

É a geração que posa em Kama Sutra

E surta e clama quando em contradição.

Harlen Ribeiro
Enviado por Harlen Ribeiro em 30/06/2022
Código do texto: T7549731
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