Camaleões
Não há ciência que ateste um querer
Pelo mero desejo imediatista de fuga
Não há decência a se corromper
Se for mero o ensejo a que julga
Essa geração sem critérios de escolha
Se subjuga ao cúmulo do ridículo
Plantando sem saber o que a sorte colha
Colhendo sem querer o seu pior currículo
Não há argumento que rebata um fato
Não há ser ingrato que não caiba em si
Toda objeção àquilo que é inato
É o pior dos trapos com o qual travestir
Uma geração que ignora a outra
Seja em tradição ou pela distração
É a geração que posa em Kama Sutra
E surta e clama quando em contradição.