EXCESSO DE TRABALHO MATA

É preciso descansar, o excesso de trabalhos pode levar à morte. Casos há, ainda bem recente de resultados mortais produzidos pelo excesso de trabalho. Sobre a forma de trabalho exaustivo é sempre levado em conta a cultura japonesa, onde foram criados vários métodos de aumento de produtividade, ou produtividade racional, tais como o Kaban, o bem conhecido 5S, o Kaizen aplicado na indústria, e outros. Métodos de programação e controle de produção, utilizando de meios de orientação do processo produtivo. Pois bem, vem também do Japão os primeiros casos de morte pelo excesso de trabalho. Exemplo disso, é o caso de um jovem de 37 anos, de nome Naoya Nishigaki, que teria acumulado 100 horas extras em um único mês antes de sua morte. O excesso de trabalho o teria levado à exaustão e ao posterior suicídio, isso se deu em 2017. Desde o início da criação a ordem divina partia no sentido de que o pão de cada dia seria conquistado com “o suor do teu rosto”, era apenas o de cada dia. O Deus Criador trabalhou seis dias e no sétimo dia descansou de suas obras, e tudo que fez teve a sua admiração: “foi bom”, ainda, dando ao homem, excelência de suas mãos: “foi muito bom”. Assim, Deus criou todas as coisas. O tempo de descanso serviu para admiração de suas obras. De Deus, o homem recebeu também este atributo criativo - inventivo, sonhador, regozijo – todos nós temos essas mesmas manifestações em nossas criações, com uma grande diferença: nossas obras por melhores que sejam jamais chegarão a ser perfeitas, ou, pelo menos de pouca duração. Por não entendermos os valores eternos, nos ocupamos em dar o nosso melhor na realização de nossos sonhos, nossas ambições, e por isso nos perdemos pelo curto tempo de vida neste plano temporal. O que era para ser curtido e admirado no tempo de nossa peregrinação, na grande maioria é perdido, deixando de ser vivido com prazer e alegria. O que andamos fazendo de nossos dias? Como tem sido o tempo de nosso descanso? O que fazemos do dia do Senhor? Para que serve o trabalho? A profissão é uma vocação em servir ao próximo, ou é apenas exercida para ganhar dinheiro? O dinheiro serve para quê, se ele é sempre entendido que é pouco e insuficiente? O sonho de se ter uma profissão não pode ser apenas em ganhar dinheiro, produzir fortuna, deve ser apenas uma consequência do trabalho. O trabalho de um jovem inclui o desejo de estabilidade para que o sonho do casamento se concretize, todavia, se estiver voltado em adquirir coisas, antes de conquistar a pessoa certa, muito tempo será perdido, e talvez o interesse pelo trabalho se torne prioridade em sua vida, às vezes negando a construção de uma história de amor e de ser feliz. No projeto de casamento, além de coisas, estão os filhos, os momentos de brincadeiras, lazer. Assim, se o planejamento não levar em conta o tempo para cada momento de construção de uma família, todo o projeto estará condenado ao fracasso. É preciso levar em conta o dia de descanso, geralmente, dentro da cultura cristã, esse dia de descanso é também o dia do Senhor. O dia do Senhor: dia de descanso do trabalho, dia de glorificar a Deus e prestar-lhe culto, dia da família, dia de contemplação e deleite participando das coisas que Deus criou e que nos cercam. Nenhum trabalho deve ser feito nesse dia – nem teu servo, nem tua serva, nem teu jumento. Mesmo que em alguns casos, em que profissionais em resposta não somente ao seu trabalho, mas também em resposta à sua vocação, precisam descansar – é o caso dos médicos, cujos atendimento não somente é o de hora marcada; o caso dos pastores, cujos atendimento não depende somente de sua agenda, mas principalmente pelas necessidades de suas ovelhas; e assim, outros mais. Contudo, uma pergunta: Pragmatismo ou eminente necessidade? Jesus propôs uma resposta: “Qual de vós será o homem que, tendo uma ovelha, e, num sábado, esta cair em um buraco, não fará todo esforço para retirá-la de lá?” A referência era dada à questão da não aceitação de que o dia santificado ao Senhor, era terminantemente proibido. Não é pragmatismo que dá equilíbrio às adversidades do dia a dia, ou a prática religiosa perfeita, mas sim a razoabilidade sincera e não por imposição. Em outra ocasião, Jesus disse: “

“O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado.” Portanto, o dia de descanso faz parte da vida. Diz o provérbio: “De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda seus mandamentos; porque isso é o dever de todo homem. (Ec.12-13) Descanse!

05-04-2022