Tributo a Luiz Gonzaga

Tendo alcançado seu maior sucesso na região Sudeste, entre Rio de Janeiro e São Paulo, ninguém melhor que Luiz Gonzaga retratou a realidade do Nordeste.

Através de suas músicas Asa Branca e Triste Partida, falou da seca, da fome e da miséria. De Paulo Afonso, já começou a falar sobre seu progresso, citando a "Força da Cachoeira" como geradora das usinas hidrelétricas, tornando-a "A Capital da Energia Elétrica."

De Nordeste pra Frente, falou da Universidade de Caruaru, da Televisão de Capina Grande, do Foguetão de Natal, fábrica de Jeep de Jaboatão, e o petróleo de Alagoas e Sergipe, dizendo que "o Nordeste desta vez vai disparar."

A essa altura falaria da região de Juazeiro e Petrolina, que, graças a agricultura irrigada, ali temos várias vinícolas pelos municipios circunvizinhos.

No meu primeiro passeio de barco pelo Lago de Sobradinho, para conhecer a eclusa da barragem e a vinícola Terra Nova Miolo, em Casa Nova, ali encontrei um sul-africano que disse estar num trabalho de pesquisa pela Universidade da África do Sul. Mas, encantado com o progresso da região e a beleza do São Francisco, ali voltaria não mais como pesquisidor, e sim como turista, trazendo a sua família.

Por tudo isso, Luiz Gonzaga hoje cantaria também o refrão do Trio Nordestino: "Jesus abençoou com sua mão divina / pra não morrer de saudade / vou voltar pra Petrolina."

Irineu Gomes
Enviado por Irineu Gomes em 26/01/2022
Reeditado em 26/01/2022
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