SERES-PARA-A-MORTE
Se existe algo que ninguém pode negar é o fato irreversível de que somos seres biologicamente condicionados pelas perdas, pelo nosso envelhecimento progressivo e finalmente pelo nosso destino mais apoteótico: a morte. Como já dizia Heidegger no seu projeto de uma ontologia fundamental, somos seres-para-a-morte. Bons e maus, santos e perversos, anônimos e famosos, ricos e pobres, religiosos e ateus, enfim, todos estão sujeitos a fatalidade da existência rompendo com todos os nossos projetos de vida e os nossos sonhos mais belos! Baseado nessa realidade existencial um tanto dramática, a melhor dica é: que possamos de forma persistente aproveitar o qua a chama frágil da vida pode nos mostrar de bom, no sentido de criar em nós as condições para o nosso desenvolvimento interpessoal, ético e espiritual. Pois, de repente, no repente, nun átmo de segundos, tudo pode se findar para sempre, ou seja, se apagando as luzes da consciência da vida, e se fechando as cortinas do mundo em que vivemos, sem que (é o risco que corremos!) tenhamos desfrutado do melhor de nossos dias na terra, em meio a vida e a natureza.