PORQUE NÃO EU

PORQUE NÃO EU?

Muito me intriga quando ouço propostas de mudanças sendo enunciadas sempre para “você”, e me pergunto: porque não a partir de mim? A questão seria melhor entendida e aceita, se daquilo que falo, que proponho a alguém, já tenha funcionado em mim ou para mim, ou seja, o que foi ou tenha sido bom para mim, certamente poderá ser para você – melhor assim, desta forma, e não no imperativo afirmativo: “você” tem, “você” deve... Isso pode alterar o comportamento de uma pessoa, tanto positivamente como negativamente, é assunto complicado. Segundo Skinner, é difícil, porque é muito complexo. Mesmo assim, quando a informação é demais, as escolhas, os conselhos parecem ser rejeitados. Logo, nesse caso, o melhor será, antes do meu conselho, apontar em mim como isso funciona, ou funcionou. Porque não eu? Quando alguém me diz o que fazer ou o que não fazer, melhor dizer: no meu caso funcionou assim. Quando não houver uma relação, dai então, só se me pedirem opinião – será mais respeitoso, uma vez que o ouvido estará aberto para o que devo dizer. Nosso problema é que, estamos vivendo no reino da mentira, virou modo – isso é fake, e tudo parece mentira. Logo, se a mentira é causadora de dano, ela tanto promove a malignidade como também pode matar. Então, como escapar dessa realidade? Certamente que, qualquer um de nós, seja em qualquer nível social que estejamos, teremos sempre um ombro amigo, alguém mais confiável (até porque, se alguém diz não ter pelo menos um amigo, algo está errado). Numa escala viável a qualquer pessoa, está o desenvolvimento da sua fé – o que cabe dizer que é inerente em qualquer ser humano. Uma vez desenvolvida a fé, o indivíduo certamente encontrará sua origem no seu Criador. A partir daí, pai e mãe, irmãos e amigos. Quando não, prevalecendo a fé ainda assim encontrará conselho – amando a Cristo – “quem não deixar pai ou mãe por amor de mim, não é digno de mim”. In caso, se tratando de impedimento em seguir o que sua fé determina, (antes de tudo, precisamos compreender que, nós humanos somos seres espirituais na carne, no corpo. Portanto, vocacionados a voltar para o Criador – não somos obra do acaso), seguir ao autor da vida – “aquele que crer em mim, viverá” (Cristo). Quando alguém diz ser ateu, não creia no que diz. Um ateu é alguém que nega a sua própria existência e finitude temporal. O mais influente ateu que a história conheceu, cremos nós, é o cristão CS. Lewis. Enquanto ateu procurou esgotar todas as suas possibilidades de conhecimento, ao ponto de contestar o primeiro expoente do materialismo, Sigmund Freud como gostava de ser chamado. “Quem sabe a razão por que achamos difícil ficar tranquilamente sentados para examinar as nossas vidas seja o fato de que isso nos causa ansiedade. Mas, enquanto não analisamos as nossas vidas, pouco podemos fazer para torna-las menos infelizes e vazias.” (Armand M. Nicholi. Jr.) Posso aqui fechar o nosso papo dizendo: tenho pena de tantos jovens, com todas as possibilidades de uma vida feliz, e neste momento se entregando tão facilmente às drogas, às noitadas, sexo fácil, não construindo uma família, vivendo da vida fútil. Talvez perguntasse: Porque não eu? Um cientista, um sábio, um profissional qualificado? Porque não eu? Uma pessoa próspera, que trabalha com afinco e dedicação; uma pessoa respeitada e que a todos respeita; um amante da vida e temente a Deus. A Bíblia nos ensina que: “tudo posso naquele que me fortalece”. Assim, os cristãos estão sempre em vantagem com a vida, reconhecem que sendo pecadores, e por isso levam a vida em obediência ao Criador – amando a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a si mesmo, como os ensina o Mestre. Se aos cristãos, uma vida regrada pelo amor, pelo perdão, pela paz, porque não aos demais semelhantes. Porque não eu?

20-10-2021