Massacre Dominical

O Bem-Te-vi soa no poste, um alarme penoso e lindo: há borboletas frescas e café, é domingo.

Na esquina, copos a tilintar com pinga, não são ainda 8h da manhã.

"Você se esqueceu, que dentro dessa casa eu existo, quem em 82 casou comigo, por isso exijo uma explicação ", soa o Milionário.

Passara e passam-se os anos:a explicação nunca viera.

Ele não está dentro de casa, não sentará no sofá. O diálogo não virá. O temporal da frustração já alagou tudo.

O bar é fuga, procrastinação.

Culpa de um mosquito Baumaniano; este, pior do que dengue.

Liquidez de uma fragrância forte, de um perfume não duradouro. O Amor brilha, como o sol e o pássaro, necessários, porém não valorizados.

Sodoma e Gomorra são marolinhas, no século XXI.

Mas o Bem-Te-Vi insiste, e eu escuto bossa.

Samba com beleza e café. Cado de tristeza, mas tenho o Mestre, o Bem-te- Vi e as crianças.

Poeta de Borralho
Enviado por Poeta de Borralho em 17/10/2021
Reeditado em 17/10/2021
Código do texto: T7365636
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