ECO - ECUMENISMO

ECO-ECUMENISMO

Vez por outra o tema volta à tela numa insistência de décadas a fins, na mesma tentativa inútil de forçar a unidade impossível das religiões no mundo – desejo de todo Papa. Enquanto Estado, o Vaticano desde 1929 no Tratado de Latrão, já se previa o Vaticano como estado independente, sujeito de direitos internacionais. Em relação à Santa Sé (Sancta Sedes) a igreja católica se personifica, tendo sua sede dentro do Vaticano, que conseguinte está encravada na cidade de Roma – uma situação sui generis. Desta forma, dificilmente encontrará adesão às ideias papais na busca de uma unidade das religiões. Esse mesclado de Poder e Igreja ao mesmo tempo, em muito se distancia do propósito das demais religiões - como instituição de ensino Teológico, e na sua maioria despida de política. Enquanto se mantiver uma religião nesta situação de prevalência política e de domínio, jamais tal apelo à unidade acontecerá. Não passa de uma grande utopia, pelo contrário, estará cada vez mais distante desta possibilidade em estabelecer o ecumenismo. Ademais, é tamanha a ousadia, de uma nova proposta mesclada de insinuações em nome da ecologia, quando na verdade, o mundo inteiro tem se voltado para o Brasil nesse intento. Desta forma, uma religião que se apresenta politicamente, sendo a mais influente no mundo, jamais encontrará apoio das demais religiões cujos propósitos em muito se distancia da verdade escondida por trás da Nova Ordem Mundial. Na proporção em que muitos Padres se voltam à pregação do Evangelho puro e simples, mais católicos são esclarecidos na sua fé, e isso é muito positivo, a final de contas é desta forma que se faz Teologia. A igreja, de certo modo é acolhedora, todavia, cabe ao acolhido a capacidade de discernimento da Palavra segundo os propósitos de Cristo para que sua manifestação religiosa lhe dê suporte naquilo que crê – “com os ouvidos se ouve a Palavra de salvação e com o coração é que se crê” – esse é o ensinamento bíblico, segundo os preceitos de Cristo. Logo, enquanto se discute a Bíblia, a igreja vai cumprindo o seu papel, as pessoas vão sendo esclarecidas na sua fé, a unidade que se torna possível é aquela que sabe conviver com a diversidade. A dificuldade sempre aponta para o conhecimento, segundo ensina Descartes; “em qualquer atividade mental ou espiritual, em que a atividade do intelecto, ou da razão, enquanto ela é distinta dos sentidos e da vontade, em que, a atividade discursiva, em que a atividade intuitiva. O Criador está sempre se revelando ao homem, e isso é uma experiência pessoal, cada um precisa construir a sua, são três as possibilidade de Deus revelar-se ao homem: a primeira delas, é através da sua Palavra (a Bíblia); a segunda, é através da própria natureza, e a terceira, é aquela que eu e você experienciamos pela fé, ou seja, numa relação pessoal com Deus. Eu não posso dizer que esse ou aquele homem tem ou não um relacionamento com Deus, como se entende com Deus – é individual. Diz o salmista: “Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos.” (Sl 19.1). Por mais que o homem alcance conhecimento, estará sempre nos degraus de baixo. Somente pela fé se constrói a certeza de coisas que se esperam, e alcança convicção de fatos que não se veem (Hb11.1). A igreja de Jesus Cristo, jamais poderá ser uma instituição de caráter político, e muito menos um meio de se alcançar poder para subjugar os povos. A instituição pode existir como forma de orientação pragmática, doutrinária, organizacional, contudo, ela será sempre independente no que se diz ao cumprimento da pregação do Evangelho de Jesus Cristo. É claro que para ser um pregador da palavra, exige preparo e muito conhecimento Teológico, o conhecimento das línguas originais, e bem assim, a língua brasileira – o português, que é o nosso caso. Para Lutero, bastaria que o cristão tivesse acesso às Escrituras, e na dependência do Espírito Santo de Deus, com a intensão de receber a revelação e assim construir a sua base de sustentação para sua fé. Logo, a Bíblia por si só se explica, e desenvolve no seu leitor a paixão pela Palavra. A instituição pode ser boa na sua representatividade, talvez para promover missões em outros países, o que pode trazer o peso moral e espiritual naquilo que representa. Nesse momento no mundo inteiro, governos e bem assim o atual Papa em nome da instituição que representa, andam em busca de resultados políticos a pretexto da Ecologia, daí o chamamento de muitas lideranças de religiões cristãs nesses últimos dias para discutir o Eco Ecumenismo.

12\10\2021