FADA MADRINHA

Crônica de Gustavo do Carmo

No início da minha carreira de blogueiro, eu procurava contatos para entrar na panelinha do mercado literário. Sem saber que eram todos esquerdistas, conversava com uma radialista, também colaboradora do blog Literário, do saudoso Pedro Bondaczuk. Gostava dos contos contemporâneos objetivos que ela escrevia e mandava para o Pedro publicar.

Como eu sempre me apresento mostrando os meus contos e os meus blogs, ela já começou fazendo-me uma ironia. Chamou-me de "garoto outdoor", pois em todas as mensagens eu fazia propaganda, segundo ela. Ora, é claro que eu estava fazendo propaganda! Estava vendendo o meu peixe!

Analisando os meus textos, ela também percebeu que, em alguns dos meus contos, havia uma fada madrinha masculina. Não um homem que atuava como fada, mas uma fada mulher, mesmo, que era madrinha para um homem. Uma mulher bonita (de preferência) que tirasse um pobre rapaz das garras do pai e irmã opressores (falando em "esquerdês") e o tornava rico e independente. Não lembro se ela chegou a ler o meu romance Notícias que Marcam ou se leu algum conto em que eu contava a mesma história. Já não lembro qual, pois a minha memória já não anda tão boa. Mas é verdade.

Os meus contos são inspirados nas minhas experiências pessoais, meus medos e meus desejos. Logo, quero mesmo uma fada madrinha que realize o meu sonho de ser famoso e rico com o meu trabalho e com quem eu possa até me casar e ter filhos. Neste momento difícil, preciso de uma fada madrinha para ontem! Quem se candidata?

Gustavo do Carmo
Enviado por Gustavo do Carmo em 12/09/2021
Código do texto: T7340353
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