Uns dos porquês de o Bolsonaro apresentar certa dificuldade em governar
Apesar de, como militar, já possuir algumas experiências políticas.
Primeiramente é que ele vem de uma anterioridade rigorosamente militar: a AMAN. Tendo como parâmetro as escolas estadunidenses.
Derivando, daí, o fator de maior peso: a insolubilidade da farda com o terno.
Considerando também que a história humana é contada pelas histórias das guerras e vice-versa, a humanidade tornou-se uma “máquina de sobrevivência” (Richard Dawkins). Alternando-se entre os fatores evolutivos x e y.
Nestes contextos, a farda é representada predominantemente por geração y - latitudinal, portanto - e preparada para estar no front da batalha. Já o terno é expressado pela geração x, longitudinal e, por conseguinte, preparada para funcionar como apoio logístico do y. Razão de serem praticamente imiscíveis em certas circunstâncias de lideranças.
Segundo, o mundo estar passando por uma sociedade de transição. Saindo de uma contemporaneidade dita de Modernidade Sólida (René Descartes) e partindo para o que seria a Modernidade Líquida (de Bauman).
Acontece que, com a inserção da Era Digital na transição milenar, a geração y começou a sair de seu ponto máximo de front de batalha, passando pelo ponto de inflexão, de tangente zero, e começou a cair vertiginosamente. Paradoxalmente a geração y passou pelo seu ponto de inflexão mínimo, de apoio logístico, e está começando a subir. De modo que ambos vão se encontrar numa região do gráfico cartesiano tal que x=y. Onde o front da batalha e o apoio logístico se unem e se confundem.
Daí as guerras híbridas, coloridas, por procuração, etc., atuais; confundindo a cabeça do nosso Presidente e sua equipe de estratégia. Cujo já trocou o fuzil (front) pela moto (apoio).
Nota: Quando y for funcionalmente igual a x, a geração resultante será conhecida por geração z ..., porém esta é outra história: a da Modernidade Pastosa (grifo meu) ...