Bolsonaro e a "geração x"

Os militares de carreira compreendidos entre 1960-1988 são considerados, pelo neocientificismo digital, como “geração sem identidade” ou “geração x”.

Como assim?

São os nascidos pós Segunda Guerra Mundial, mas preparados militarmente em plena Guerra Fria, simbolizada pelo Muro de Berlim. Dita “fria” por estar empacada pelo aparecimento das armas nucleares.

O Muro de Berlim funcionou como uma espécie de “Tratado das Tordesilhas sem o aval do Papa”. Confrontado por dois blocos antagônicos de efetivos militar, a nível mundial, esperando para “ver” o que vai acontecer e como vai acontecer.

Quando a Guerra Fria perdeu a razão de ser, pelo desvanecimento do Muro de Berlim, em 1989, todo aquele contingente militar que não estava mais efetivo, ou seja, havia “deixado a farda” em 1988, é considerado “militar sem identidade” por ainda estar à base do modelo antigo. Nosso Presidente é um deles.

É quando os currículos das Academias Militares sofrem uma mudança vertiginosa para atender a nova modalidade de guerra que se avizinhava pós queda do Muro.

Eu fui um dos ditos “militares universitários” que foram levados, às pressas, para administrarem aulas, pela nova sistemática, aos alunos – “geração y” – ingressos nessa nova modalidade de Academias Militares.

Edmilson N Soares
Enviado por Edmilson N Soares em 15/07/2021
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