SINDROME DA BESTA

SINDROME DA BESTA

Confesso que estou à procura de um sábio que seja capaz de entender o comportamento do povo brasileiro do qual pertenço. Me faz lembrar de uma música dos anos sessenta cuja letra diz assim: “Que coisa é esta que chamam de amor que nunca provei, dizem que é bom, mas eu não sei”. Que coisa é esta em que se apoia nosso povo? Dizem amar seu país, amar sua família, amar o seu próximo, quando não vejo prova nesse sentido em que, tanta gente tem se entregado à futilidade e descrença de tudo – dos valores essenciais da família, da ética, da verdade, ao ponto de negar à inteligência, se portando como uma besta. Para tanto, nesse primeiro momento, penso que se trata de uma “síndrome”, uma vez que vem sinalizando sintomas em vários processos, se na medicina, são identificados como patológicos, quando não se sabe de uma causa específica. No sentido figurativo, pode ser um conjunto de sinais, ou coisas, de características que, em associação com uma condição crítica, que são passíveis de despertar insegurança e medo – perda da liberdade, morte em decorrência de uma pandemia que não sinaliza seu fim, havendo necessidade de tratamento, mas que tratamento dar? Do que se diz da besta? De alguma forma, dizem-se de uma pessoa ignorante, sem instrução, pouco esclarecida, indivíduo sem humanidade; grosseiro, bruto, estúpido, burro. Aristóteles admitia uma situação em que avalia: “O homem solitário é uma besta ou um deus. Para Voltaire, em sua consideração: “o público é uma besta feroz. Deve-se enjaulá-lo ou fugir dele”. Porventura, muitos brasileiros não estariam sofrendo desta “síndrome da besta”? O que sinaliza, quando nem a ameaça de morte faz com que jovens se protejam do vírus da Covid, ou que se proteja dos vícios pelas drogas que matam a inteligência e a tantos tem transformados em zumbis ambulantes? Não seriam sintomas dessa doença? Aqueles que apoiam um ladrão como se fosse o Dimas da Bíblia? Não sabem, ou não querem entender que, o Dimas da Bíblia, crucificado ao de Jesus, teve a chance de se arrepender de seus pecados e tornar-se livre da condenação eterna. O Dimas brasileiro, além de não estar ao lado de Cristo, zomba dos que os acompanham, embora sendo mal, ladrão, se dizem ser amado por alguns. Como entender isso? Que amor é esse? Se dizem que é bom, onde está a bondade? Aliás vale dizer que os que são adeptos do “Dimas” brasileiro, são apoiadores da desordem, quebram tudo que vem à sua frente, saqueiam, colocam fogo, destroem o patrimônio alheio. Onde está o bem coletivo nessas ações tão bestiais que, não merecem ser chamados de “burros”, pois que o burro é um animal prestativo, disposto a suportar as cargas dos seus amos. O que se quer, é apenas chamar a atenção a que se prese a verdade, o amor, a pureza, a honestidade, o bem ao próximo. Não há, necessariamente uma exclusão de qualquer pecador em qualquer dos seus níveis. A Bíblia afirma que, o que roubava, não roube mais; o que matava, não mate mais; o que adulterava, não adultere mais. A isso, se chama de arrependimento. Então! Porque não lutar pelo bem comum, pelo bem do Brasil, pelo bem da segurança no ir e vir, pelo respeito às leis em lugar da prevalência bestial? Porque viver a vergonha de ser brasileiro, quando somos fiéis aos princípios morais e espirituais, um povo, fruto de uma terra abençoada em que, tem de tudo para ser feliz, e que dá para todos. Porque não dividir, quando sobeja a riqueza de nossa terra? O Apóstolo João descreve, no contexto sociopolítico, como sendo o governo do Imperador Domiciano, a besta (81-96 d.C.), bem assim, também a comunidade cristã deste período em referência ao Anticristo. No livro de Apocalipse a besta é apresentada como tendo sete cabeças, simbolizadas por três monstros: o dragão vermelho (Ap. 12.3); a besta semelhante ao Leopardo (Ap.12.3); e a besta escarlate (Ap.17.3). Sete cabeças e dez chifres. O grande dragão, a antiga serpente que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo mundo, sim foi atirado na terra e com ele, os seus anjos. Essas obras más não seriam frutos d trabalho de Satanás? Não queremos aqui fazer nenhuma exegese dos textos, mas suscitar instrução no propósito de entender, porque tanta gente distante da realidade de si mesmo quando se entrega a tanta falsidade, futilidade e despropósito na vida. O ser humano, por ser dotado de inteligência, não tem como fugir da sua responsabilidade - inerente e inculcada com a finalidade de prestar contas ao Criador de onde veio a existir. Posso atribuir que, todos os excessos que são praticados quando destituídos de qualquer sentimento racional, é bestial, portanto, desqualificado para ser parte de uma sociedade que quer viver em paz. Do ponto de vista moral, devem ser expurgados da sociedade organizada; porém, do ponto de vista espiritual, precisam ser levados ao arrependimento, se querem ter lugar entre os que amam a verdade, viver entre os homens de bem – de boa índole e de bom caráter. Bem disse Aristóteles, “o homem solitário é uma besta ou é um deus”. Como admitir que um homem que se droga, ou que vive da cachaça, da prostituição, da roubalheira, seja um homem livre? São dignos de misericórdia, escondem a sua solidão ou na bebida ou na droga para esconder a sua vergonha pequenez, mediocridade, uma vez que não passam de vermes da terra, frutos da síndrome da besta. Portanto, precisam de tratamento, e neste caso, o nosso repúdio não é o bastante para curar, mas, sim apontar para um tratamento de choque, que seja capaz de despertar o bem intrínseco do ser humano, o que para tantos brasileiros se encontra perdido – doentes, portanto, vítimas da síndrome da besta. 11\07\2021