TAL COMO EM SODOMA E GOMORRA

TAL COMO EM SODOMA E GOMORRA

Em nenhum momento de nossa história a maldade, a injustiça, a banalização da vida, o despudor das autoridades foi tão reinante como nesses dias. Nem mesmo um vírus matador consegue fazer com que as pessoas mudem suas atitudes mundanas e imbecis. Jovens e velhos se entregando ao escárnio dos valores sagrados que sempre deram rumo à história humana. Faz-me reportar do filme Idiocracy, onde o autor mostra o resultado de uma experiência em que são congeladas algumas pessoas de diferentes situações sociais e que por um acidente acordam num momento em que o mundo é governado por idiotas. Retrata um mundo sujo, vivendo em meio a um lixão desde carcaças de carros, prédios sujos, ratos e baratas passeando livres em todos os lugares. O governante idiota brinca com sua arma do tipo usado nos filmes por Rambo, enquanto se diverte atirando e matando pessoas a ermo. (é melhor assistir ao filme). Penso que dá para imaginar onde ficamos nós na atualidade entre as duas situações – tanto da imoralidade e perdas dos valores essenciais à vida, parecendo que tanto faz matar ou morrer, dar cabo da vida como sendo um animal raivoso e perdido. No caso das duas cidades, a depravação era reinante, as pessoas se divertiam – homem com homem, mulher com mulher se misturavam, totalmente desviados dos princípios ensinados pelo Criador. No caso brasileiro, as demonstrações carnavalescas cujos temas procuram destruir os valores tanto morais como espirituais, e como não se bastasse passaram a agredir a figura sagrada do Cristo, expondo-o ao escárnio e bem assim dos símbolos religiosos – tal como em Sodoma e Gomorra. Lá, Deus fez chover fogo do céu destruindo tudo, deixando pessoas e bens às cinzas. Porém, havia na cidade alguns justos, ou seja, apenas a família de Jó. O aviso de Deus em resposta a Abraão, era que, se houvesse um justo sequer, este seria poupado, e assim foi. Mesmo assim, a mulher de Jó, que não podia olhar para trás, na sua desobediência, transforma-se numa estátua de sal. Urge então uma pergunta: porque nesses dias, ante um quadro semelhante, em nosso país ainda não choveu fogo do céu? A resposta é a mesma, pelos justos o País tem sido poupado, uma vez que a missão de levar a Palavra de salvação foi entregue a Sua Igreja na terra, tendo sido estabelecida por Cristo o Filho de Deus. Enquanto assistimos a tanta maldade e mentiras praticadas nas mais altas cortes, aqui embaixo reflete o desrespeito, desobediência civil, corrupção endêmica – prevalência da vantagem sórdida sobre os mais humildes e miseráveis. A impunidade reinante pode até parecer vantagem para os que praticam o mal, uma vez que a justiça se perdeu em sua função e objetivo dando lugar aos desmandos nas diversas áreas da sociedade “organizada”. Para os justos, maior é o Deus em que Nele encontra refúgio na hora da angústia, sabendo que no momento certo prevalecerá o Juízo infalível e justo, daquele que é Senhor sobre todas as coisas. Sabendo mais, nós aqui da camada de baixo vivemos a nossa indignação em ver quantos estão sofrendo, clamando simplesmente por ter um prato de comida. Me reporto de uma mensagem recebida em que, uma menina, adolescente mostrava em um vídeo as panelas vazias, e sob lágrimas, afirmava repetidamente: “Estou esperando em Deus..., mas é muito triste, e só me resta chorar...” No entanto, aquele que postou o vídeo que também recebera de outra pessoa, pedindo por favor, para que alguém pudesse identificar aquela menina, o lugar onde vive, enquanto também sob lágrimas espera uma resposta em socorro ao apelo daquela alma faminta. Nunca se viu em tempo algum, os pobres ajudando os pobres, e bem verdade, alguns milionários sensíveis a estas necessidades, embora sendo poucos, tem socorrido milhares de famílias. Nessa hora, querendo ou não, o nosso governo pode ser o Abraão, que insiste em que as pessoas continuem a sua caminhada e que não desistam da sua fé, atentando para as promessas que vem do alto. Se amado ou odiado, o governo vem demonstrando a sua fé num país e seu povo que vinha sendo deixado aos escombros. Quando nem mesmo um vírus que mata não tem servido como advertência para que muitos se cuidem de não morrer, os tais continuam acreditando que são incontamináveis imortais, vivendo tal qual viveu aquela gente em Sodoma e Gomorra.

15\06\2021