Memórias de roça

Ultimamente estou viciada em acompanhar canais agrícolas no YouTube. De certo acompanho três canais fixos e um variante.

O primeiro canal é sobre um rapaz jovem que se mudou pra roça e iniciou um sítio do zero. Ele mora sozinho e ainda assim consegue cuidar da plantação e dos animais.

O segundo canal é de um casal que comprou um sítio em uma região de mata Atlântica e está construindo sua casa, geralmente eles conseguem filmar animais selvagens que aparecem por lá, e é o que mais gosto de ver, com exceção das aranhas.

O terceiro canal é de casal que comprou um terreno para a construção do sítio, mas como ainda estão no processo de regularização do terreno, eles construiram um barraquinho no quintal e passam os fins de semana lá.

O último e quarto canal e de uma família que vive na roça, bem simples, e fazem vídeos cotidianos sobre sua rotina.

A questão é...Eu não vivo na roça, nem pretendo me mudar para lá um dia, mas acompanhar esses canais me trazem uma paz de espírito.

Talvez seja porque antigamente o quintal onde moro era bem grande e havia pés de tudo quanto era coisa, me lembro do pé de cacau, do pé de café, de laranja, acerola, cana, manga, abacate, limão, mamão, banana, goiaba, jaca, ameixa, taioba, maracujá, bertalha, plantação de milho e aipim. Sem cortar as hortinhas e flores.

Enfim, talvez me lembre também os dias de infância na casa dos primos do meu pai que vivem na roça.

Eu não sei ao certo o que me faz acompanhar essas rotinas tão diferentes da minha, mas gosto.

Gosto tanto que já comecei a fazer minha pequena horta em vazos.

E é um charme vê as mudinhas desabrochando e crescendo.