POR QUEM OS SINOS DOBRAM!





Durval Carvalhal






trabalhador de oficina automática 991443 Foto de stock no Vecteezy






          Cláudia, meus momentos duros, lembro-os com carinho ou como duras e belas lições de vida:

          Dos 12 aos 14 anos, trabalhava pela tarde em uma oficina mecânica, inclusive aos sábados.

           Dos 18 aos 20, vendi "rabada" de arraia ou pipa. Procurava emprego, fazia testes, era elogiado, mas não tinha experiência. O sinal estava fechado para mim.

            Estagiei um mês sem remuneração no Ministério da Fazenda.

            Por fim, trabalhei um mês como corretor da Associação dos Funcionários Públicos do Estado da Bahia; andava o dia todo sob sol escaldante; chegava em casa com dor de cabeça; furei um sapato novinho e só consegui um cliente ou associado. Não fui nem receber o que tinha direito (risos).

             A grande lição foi que a solução era duplicar os estudos; dito e feito; desconheci sábados, domingos e feriados, e, aos 23 aninhos, já estudante de economia da UFBA, através de concurso público, consegui meu primeiro e único emprego até me aposentar.

             Paralelamente, ministrei aulas de Economia em curso técnico; Português no 2º grau e Maketing Educacional em pós-graduação. Essa dureza que você enfrentou na juventude, tenho certeza, fez da amiga uma mulher ou uma cidadã de primeira grandeza, não?

 
Durval Carvalhal
Enviado por Durval Carvalhal em 08/06/2021
Reeditado em 09/06/2021
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