MODERNIDADE PERVERSA

MODERNIDADE PERVERSA

Em tempos sólidos, quando se falava do que é” moderno”, dava-se à ideia de que caminhávamos para um mundo melhor e com novas facilidades, novas soluções para as doenças, novas engenhocas para facilitar a vida da dona de casa na sua cozinha, novas máquinas mais automatizadas para aumentar a produtividade com menos compromisso com pessoas, e por aí à fora, tudo que se apresentava de novo incorporava a “modernidade”. Na avaliação de um dos mais importantes sociólogos, nascido na Polônia e por último vivendo na Inglaterra, portanto, com sentimentos até então conservadores (sólidos), parecendo inconformado com as transformações, Zygmunt Bauman, passou a ver um mundo se liquefazendo, cujos valores não mais servindo, sendo aos poucos transformados à luz de uma Nova Era. Para quem está mais atualizado nas suas leituras, por certo tem compreendido que o mundo caminha sem rumo, embora se fale num ajustamento da sociedade para viver um momento novo. O sentimento de que estamos vivendo num mundo de cabeça para baixo, em que as pessoas têm que se virar para se manter de pé. Olavo de Carvalho, um dos mais renomados res pensadores da atualidade, filósofo que não abandonou a sua fé, já havia afirmado em um dos seus muitos livros que, as transformações a que se tem dado notícia de que haverá uma nova Ordem Mundial, ele rebate dizendo que a Ordem Mundial está nas mãos de Deus, só Ele pode determinar os destinos da humanidade. Com razão, nós, aqui do andar mais de baixo, podemos compreender que não assiste razão alguma para que algo dê certo nesse mundo, enquanto os chamados “intelectuais” de si mesmo, entenderem que não são semideuses para dar ordem a que os indivíduos vivam dessa ou daquela maneira. Portanto, existem coisas que são imutáveis, ou por que não dizer “sólidas” no entendimento de Bauman. Para nós, imutáveis são a natureza humana na sua relação com um único Deus Criador de todas as coisas; se no pensamento sólido, pode ser na filosofia e até mesmo na Teologia, uma vez que somos seres pensantes e relacionais, tanto na necessidade de interagir com os nossos semelhantes e bem assim com o nosso Criador. Por mais que o homem evolua no seu conhecimento, jamais poderia afastar-se da sua origem em Deus. Assim, ao invés de se gloriar nos seus feitos, neles e por eles deveria dar glórias a Deus, por simplesmente estar refletindo à semelhança Daquele que o fez tão parecido. Ao afastar-se do Criador, todo homem se torna senhor de si mesmo, portanto, sem a garantia vinda de cima, do reflexo da sapiência divina, oposto ao projeto para a existência humana, aos que são chamados “inimigo de Deus”, ou mais claramente “agentes do Diabo”. Ou será que alguém tem outra definição para o bem e para o mal? O que convém ou não convém ao homem? Ninguém muda o mundo criado por Deus. Ademais, Ele não nos jogou aqui e disse: se vira! Diz a Sua Palavra: “Ao Senhor pertence a terra e tudo o que nela se contém, o mundo e os que nele habitam.” Aqui está a origem, a fonte primária sobre a existência de todas as coisas e seu pertencimento, fora disso, é caminhar na areia movediça, por mais que se pareça ser melhor. Outra palavra garante essa sustentação: “o mundo jaz no maligno” poque todos que vivem no pecado, separados de Deus, estão debaixo da escravidão do Diabo”. Logo, pecado é tudo que desagrada a Deus, o pecador é aquele que age de forma independente do Criador. O mundo que o Criador entregou a sua criatura ficou sobre o seu comando, capacidade dada ao homem em cuidar da sua casa – a terra, e só. Não foi à toa que Antoine Laurent de Lavoisier afirmou: “nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”, ponto. Aceitar uma proposta tão perversa como sendo uma proposta para uma Nova Era, é querer demais, é fugir da própria essência que governa os instintos humanos, ou melhor, do poder que emana da única fonte a que está presa a existência humana, e dela não escapa. Historicamente, todas as mudanças a que se submeteram os governos do mundo inteiro, desde a Ditadura ao Comunismo, qualquer tentativa de criação de qualquer sistema que obrigue o indivíduo a ser o que ele não é, se torna um buraco negro. Sem qualquer fanatismo religioso, tudo que por mera sabedoria humana se pretenda fazer, estará consequentemente fadada a desaparecer e, quando não, apenas por sacrificar os mais pobres, assim como todas as ditaduras e experiências do comunismo – aqui reside a maior perversidade. O problema não é necessariamente a falta de informação, pois que, até o mais ignorante já pode entender que não tem em mãos as ferramentas de oposição ao mal de cada dia, e por isso mesmo é achincalhado e humilhado pelos governantes e pelo mundo do dinheiro. O que fazer então? Uma vez enojado pela solidificação da mentira constituída e da tremenda perversidade das instituições de governo, ao ponto de permitir a morte de milhares de milhares no mundo, criminosamente, aos olhos de todos, sem nada poder fazer. Que mundo é este, que se pretende destruir os mais pobres no intuito de prevalecer os mais ricos? Não é que se tenha qualquer coisa com as pessoas que construíram riquezas, é pelo contrário, damos graças a Deus por serem eles que abrem os empregos que dão sustento às famílias, devemos a eles a nossa benção. A maioria bem sabe onde estão concentradas as maiores riquezas que desejam um mundo somente para eles, aqueles que há muito tempo estavam se unindo para construir uma política de dominação, a criação de um governo mundial. Temos consciência de que essa intenção não vai parar, ela acontecerá, até mesmo porque a Bíblia já dá instrução quanto a esse tempo final. A Bíblia não era, e isso não é mera consciência religiosa, proteste-a quem for capaz! Não é que sejamos retrógrados, somos apenas aqueles que fazem parte da multidão dos que creram e estão crendo que o mundo melhor é o que está por vir. No entanto, aquele que se volta para Deus, procura ser razoável nas suas ambições e seus sonhos, sempre tendo à frente o vislumbre que somente pela fé se pode alcançar. Nada que venha da natureza humana, que esteja fora dos planos de Deus prevalecerá. Esta é a luta de cada dia, daqueles a que se encontram entregues aos desmandos dos chamados “sábios”, “intelectuais” da “modernidade”. Loucos e cegos, de sabedoria, se não, fornicadores da fonte do mal; intelectuais dos artifícios vindo de corpos sem alma, onde fluir perversidade, sem levar em conta que estarão um dia frente a frente com o Criador para receber a justa sentença pelo que fazem neste mundo; A modernidade que antes se sonhava, tinha sempre a ideia de boas coisas em benefício de todos os semelhantes, e assim muitas coisas foram criadas e bem-vindas. Contudo, ao que se chama de “modernidade” ou uma Nova Era, é e está sendo criada com o mais perverso dos pensamentos humanos. Acredite, se puder.

15\05\2021