Doug, mamãe e a caminhada.

Esses dias de Outono sempre me inspiram. Hoje acordei cedo e aproveitei a manhã de domingo para passear com Doug, meu cachorro.

Tomei café como de costume e abri mão de assistir o Globo Rural, meu programa favorito do domingo de manhã para passear com ele.

Minha mãe foi conosco e, embora estivesse batendo um ventinho frio, o sol já estava começando a esquentar, era por volta de 8h:40 min da manhã.

Saímos pelo rua, mas movimentada que de costume para um domingo de manhã e pretendíamos ir até o terreno do meu irmão que fica no bairro vizinho, dá cerca de uns 15 minutos a pé.

Atravessamos a primeira ponte, pegamos a trilha do lado esquerdo da calçada que beirava um morro arborizado. Passamos em frente a igreja de Santa Bakitha e continuamos andando até atravessar a segunda ponte.

Neste ponto, decidimos pegar a primeira rua a esquerda, ao invés de continuar reto como sempre fazemos.

Olhamos para aquela rua a esquerda que beirava o rio, e era uma rua calma, estreita e convidativa, estava toda sombreada pelas árvores que estavam a margem do rio e, do outro lado havia casas, uma ao lado da outra, todas muradas de portão alto. Uma rua linda. Decidimos passar por ali.

Ao colocar o pé na rua e começar a entrar notamos latido de cachorro vindos do primeiro portão, continuamos.

Mais uma vez latido de cachorro vindo do segundo portão. Continuamos.

Quando nos demos conta estávamos já na metade da rua e havíamos acordados todos os cachorros da vizinhança. Estava um latido infernal.

Achamos que não tinha perigo, pois todas as casas eram muradas e apesar do barulho seguimos em frente a fim de chegar logo ao final da rua.

Porém, o barulho foi cada vez maior, começamos a ouvir latidos de cachorros que estavam na rua de trás e quando percebemos havia dois cachorros grandes, soltos, sentados no fim da rua nos encarando.

Como ainda havia uma distância entre nós e eles. Nos viramos devagar e começamos a retornar por onde viemos. Os cachorros começaram a nos encarar mais ainda e, temendo o ataque nos pussemos a correr.

Só me lembro de dizer e ouvir minha mãe dizer:_Corre Doug! Corre!

Saímos da rua e pegamos novamente a principal tentando nos recuperar do susto.

Mas ao chegar próximo a curva que nos levaria ao nosso destino nos deparamos com mais um cachorro solto, ameacei ele com minha varinha (do pé de acerola). Porém junto dele havia um pitbull, forte, baixo, e com uma coleira de espetinho. O bicho estava atrás de uma grade da casa de material de construção. Porém a grade já estava toda remendada e com o esforço que ele estava fazendo pra sair, não demoraria a escapar e nos matar ali mesmo.

Resolvemos voltar.

Voltei chateada pois queria chegar até o terreno, pra ver como estava e até mesmo tirar algumas fotos.

Mas foi muita aventura pra um dia só.

Agora fico com receio de fazer novamente esse caminho, até mesmo porque muitas vezes estamos apenas eu e Doug.

Mas é sempre bom dar uma caminhada pra esticar as pernas, ainda mais quando se tem companhia.