A DUALIDADE QUE NOS ENVOLVE E CEGA A VISÃO

O ser humano vive em dualidade sempre – bem e mal, saúde e doença, alegria e tristeza, fé e descrença, e assim por diante. Ao que observamos sempre haverá essa balança para nos auxiliar na aferição de nosso direcionamento. Existirá sempre uma corda-bamba para que possamos nos apoiar de maneira que em cada lado que tendermos haverá uma consequência distinta. Todavia há que considerarmos que o lado negativo sempre é nefasto! E acredite quem quiser, existem pessoas que buscam esse lado oposto! Na verdade também podemos compreender que o ser humano sempre foi carente de conhecimento. Ele sempre quer desenvolver visão maior e aprofundada! Contudo o cuidado é sempre indispensável, pois às vezes saber demais imediatamente não é o melhor caminho! Pois quando temos mais conhecimento, também recebemos mais responsabilidades para cumprirmos! E de fato nem todos estão preparados para morder a maçã do conhecimento de uma vez só e para ver de mais alto, pois é nessa hora que muitos caem e põem tudo a perder! Vale lembrar o que nos instrui o filósofo grego, Platão, que “a coisa mais indispensável a um homem é reconhecer o uso que deve fazer do seu próprio conhecimento”.

Lado outro há quem desenvolva visão míope e tenha aversão ao que preceitua a ideia de disciplina e obediência. Mal sabem esses que para se ter acesso ao conhecimento é preciso antes estar maduro no leito da existência. E maturidade também se adquire com o regramento. Pois o amadurecimento em vida também vem da longínqua e progressiva experiência humana para adquirir sabedoria. Conhecer pode ser simples! Mas aplicar o que se sabe, e saber quando cultivar isso faz parte da ideia de sapiência. Não é à toa que ainda muitas classes sociais não possuem acesso a todo conhecimento produzido no mundo durante todos os séculos. Compreende-se que alguns poderiam se escandalizar, por não terem discernimento mental, emocional e espiritual para tanto. Acredita-se até que é por isso que muitos pensadores enaltecem bem mais a criatividade e a imaginação, de modo que o mundo não caia em desordem. Albert Einstein, físico alemão, foi um desses e que certa vez professou que “a imaginação é mais importante que o conhecimento”.

Vale ressaltar que quando alcançamos visão holística, essa dualidade pode se reduzir e podemos tratar os valores e princípios com maior equidade, sem o envolvimento emocional ou tendencioso. Ocorre que quando não buscamos ciência, quando não nos delimitamos a encontrar as respostas, a realidade permanece rasa, superficial e as escolhas podem ser devastadoras no decorrer da passagem. Então melhor será enxergar as adversidades com visão de ação para a resolução da circunstância. O aprender, o desaprender e o reaprender deve ser contínuo. Apenas nos deixar tocar pelas experiências que nos envolvem podem trazer perniciosos prejuízos. Por conseguinte há que sempre buscar a luz, sair da escuridão, fugir à alienação para que não caiamos na morbidez e na inércia. Os caminhos poderão se aclarar em compreensão, quando estivermos prontos a desenvolvermos inteligência sobre toda visão dualista. E tal entendimento pode ser alcançado após estarmos dispostos e encouraçados para vivermos experiências que nos conduzam ao próximo degrau e seguir até o topo.

Michael Stephan
Enviado por Michael Stephan em 11/04/2021
Código do texto: T7229372
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