HOJE, DIA DA FELICIDADE. VOCÊ É FELIZ?

Perguntado a Cristo o que era a verdade, em seu julgamento, presidido por Poncio Pilatos, Cristo silenciou.

Aquele que disse Eu sou a Verdade, o Caminho, a Vida, restou silente. Ele somente definiria conceito de tamanha abrangência, e nada disse o Filho de Deus, por um simples motivo, sua verdade era a justiça.

A justiça que não se vê praticada em amplitude, “é o mais justo aliado ao mais belo” no conceito do grande Edmond Picard.

A verdade, respeitável em suas diversidades conceituais pesquisadas, é tema e objeto filosófico; e só.

Como a felicidade, bem relativo sob determinados aspectos, a verdade, permanente e maior fundamento da dialética filosófica, é eixo operacional e nutriz de todas vertentes e indagações.

Verdades respeitáveis, diversas, relativizadas, têm as religiões como o catolicismo, o judaísmo, o budismo, e outras.

Mas há verdade universal decorrente desses credos, o bem que todas visam. Excluam-se as praticantes de terrorismo. Genocidas.

Verdades, por serem verdades planificadas na tradição, não estão sujeitas às discussões interpretativas, conceituais, não há relativização por serem unas, não comportam divergências.

Não se diverge nem se afasta da racionalidade, da recepção da média inteligência nem da razoável compreensão.

A verdade de nós mesmos é uma dessas verdades, universal. Não podemos ser senão o que somos. Não há como transpor nossas barreiras, nosso caráter, nossa personalidade, nossa verdade, nossas potencialidades.

Se fugimos dessa verdade nunca chegaremos à verdade de nossa existência pela perda de identidade, não avançaremos, como na felicidade absoluta ou relativa, alma finita ou infinita, e outras indagações.

Se não somos verdadeiros com nós mesmos, admitindo nossas realidades, faculdades e limitações, não estamos limpos para chegar à compreensão dos grandes temas da humanidade e à virtude, esta não como purismo tolo e pretensioso, mas como racionalidade lógica.

Aí está a felicidade.

Seria como não deixar transparente a água em um copo se a misturamos com terra, e não deixamos a terra repousar (em nosso interior) na excelência da virtude, da nossa verdade existencial, para se aclarar a água, nossa identidade. Nosso interior.

A terra é nossa mentira balançada aos ventos que mistura terra e água. É assim nossa verdade interior, precisamos ser o que somos para que a terra escura, sombria, a mentira de nós mesmos, balançada aos extremos, agitada, não se misture com a água abençoada e transparente de nosso interior, o que turvará nosso entendimento.

Não chegaremos à compreensão, lado mais nobre da construção do pensamento.

É preciso pacificar nossa vontade de ser o que não somos e aceitarmos nossas realidades, nossas verdades existenciais, para que achemos outras verdades, descobrindo as nossas, sem perder a identidade. Isso é o inevitável.

O amor sem medidas, de entrega máxima, trará conhecimento da verdade absoluta a quem não a conhece, podendo assim ser feliz de alguma forma.

A felicidade é relativa, mas se realiza. Em pedaços ou de forma agregada e intensa. Ela nos visita, em porções ou permanentemente, guarde-se, contudo, este advérbio de tempo e de modo (permanentemente), como próprio segundo o momento, como falaz, falso.

Para sonhar é preciso amar, e se você não ama nada em sua vida, não pode ter alegria. Ser feliz.

Ser pobre significa não ter riqueza interior, esta, quem a tem, de nada mais necessita. Inarredável sedimentação da inteligência, mas não deixa de ser verdade que a materialidade realiza muitos sonhos.

Justificável e aceitável, materialidade realiza sonhos. E enquanto somos matéria, se realizamos os sonhos que ela, materialidade, demanda e requisita, sem prejuízo para ninguém, só com os prazeres que nos trazem, estamos banhados pela justiça dos homens e admitidos nas bênçãos de Deus. É o reconhecimento aos justos que permanecem no caminho da correção.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 20/03/2021
Código do texto: T7211483
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