CAUSOS DO FUTEBOL CONTADOS POR MARCUS RIOS

Vou contar um pouco de minha infância para vocês meu amigo e amiga do recanto, coisas que a gente nunca se esquece e que vai ficar guardado eternamente em nossa memória como se fosse uma chama viva acessa a toda hora, quando pensamos e lembramos dos momentos lindos que foram vividos e nunca mais voltam.

PRIMEIRO JOGO DE MINHA VIDA

O primeiro jogo de minha vida aconteceu, quando eu tinha uns 12 anos de idade, foi num jogo na roça, quando o meu Pai era Prefeito de Iúna, e tinha um time da Prefeitura que ele tinha o maior prazer de todo final de semana ter um jogo para nós.

Entrei no segundo tempo, jogo truncado, muito difícil, ninguém tinha feito gol ainda e eu um menino franzino, magrinho, corria como nunca, e no nosso time tinha um beque que tinha um chute muito forte.

Escanteio para nós, ele bateu tão forte, aquela bola que quando chovia pesava uns 10 quilos mais ou menos, veio como uma bala, e eu segurei a minha cabeça e deixei ela bater, e como num passe de mágica, ela estufou as redes e ganhamos o jogo, daí para a frente nunca mais fiquei na reserva.

O GOLEIRO QUE PEGAVA TUDO

No nosso time tinha um goleiro que pegava tudo, era bom demais, era como um gato, poderia chutar que ele não deixava passar.

Chegamos na vila aonde fomos jogar, e ele começou a pegar tudo, logo chegou perto dele, uns 3 homens e tiraram da cintura cada um o seu revolver e disse, se não deixar passar vai levar chumbo.

Ele logo começou a ficar com medo, e na nossa torcida tinha dois homens que impunha respeito, por ser de uma família que impunha respeito e todos tinham medo deles.

Eles disseram pode pegar tudo que vir goleiro, e arrancou cada um dois revolveres, e disse ainda cadê os homens que se diz macho desta vila e que falou com o nosso goleiro que ele iria levar chumbo se não deixasse passar a bola, todos ficaram quietos e nada disseram.

O BEQUE DO PUNHAL

Mais engraçado ainda, era um beque que tinha, ele só jogava com um punhal dentro do meião, metia o pé, era valentão e impunha respeito do seu modo, ele chutava as pessoas e quando alguém falava alguma coisa para ele, simplesmente abaixava o meião e mostrava o punhal, todo mundo ficava mudo e fingia com que nada tivesse acontecido.

O SANFONEIRO BÊBADO

Na nossa torcida tinha muita alegria, gente humilde, moradores de roça, e tinha um sanfoneiro que aonde tinha jogo nosso ele ia com sua sanfona e começa o jogo todo a tocar sua sanfona e a beber um gole.

Num certo dia fomos jogar uma partida de futebol, ele foi, num lugar muito lindo, um campo muito bom, e uma torcida doida por futebol como era a do time adversário.

Começou o jogo, normal, tranquilo, chute daqui, defesa dali, jogo truncado, jogadas bem-feitas e trabalhadas, até que o ponteiro direito cruzou uma bola, eu matei no peito e mandei aonde a coruja dorme, ganhamos o jogo.

Depois do jogo o fazendeiro falou para nós, vamos lá para minha fazendo que tem um cabrito para vocês comerem, fomos todos e tinha uma pinguela para atravessar, e o nosso sanfoneiro já meio bêbado, foi passar na pinguela caiu com sanfona e tudo e até hoje não se sabe o destino que levou a sua sanfona, e eu acho que os peixes estão fazendo forro até hoje com ela.

AFONSO CLÁUDIO ESPÍRITO SANTO

O time de Afonso Claudio, mais precisamente o Botafogo veio jogar em Iúna, contra o meu time que já era o Olaria, deu uma pancadaria sem fim, um beque nosso deu uma cacetada no jogador deles e começou uma confusão daquelas que custou par acabar.

Depois do jogo eles disseram domingo que vem vocês vão lá e vai ter revanche, aí sim o pau vai comer solto.

Chegou o tal dia, fomos para Afonso Cláudio, estádio lotado, policias tinha demais, entramos em campo, e começou o jogo e eles disseram cadê o beque valentão, ele não veio, não falamos nada, pois ele tinha ido e estava escondido na casa de um morador de Iúna que tinha mudado para lá.

Toda bola que ia para mim eu corria e na hora de fazer o gol, a torcida dizia se fizer vai apanhar, eu chutava para fora, teve uma hora que eu ganhei do beque na corrida, passei pelo goleiro e disse, agora entro com bola e tudo, entrou quatro torcedores em campo e me disse, faz que vai tomar uma surra daquela, virei o corpo e chutei para fora.

TORNEIO DA INDEPENDÊNCIA EM IÚNA

Teve um torneio da independência em Iúna, e eu fiz um time para mim, ficou um timaço, só tinha jogadores jovens que sabiam jogar e corria muito, meu time foi campeão, o melhor uniforme nós ganhamos, o melhor jogador fui, o artilheiro fui eu, o gol mais rápido foi o meu e o gol mais demorado foi o meu também, ganhamos tudo.

COMERCIAL DE MUNIZ FREIRE

Depois deste torneio tinha um pessoal de Muniz Freire assistindo ao jogo e chegou perto de mim e foi logo perguntando se eu queria assinar para eles e disputar um campeonato que começaria domingo que vem, eles vinham me buscar e trazer depois do jogo, logo eu topei e falei com eles, eu jogo de graça, não precisa me pagar, mede somente um par de chuteira.

E para piorar a situação o primeiro jogo foi em Afonso Cláudio, contra o Botafogo, o time da confusão, foi começando o jogo, tudo bem, torcida calma sem gritar e no nosso time tinha um jogador de meio de campo, que comia a bola de tão bom que era, cada lançamento que ele fazia para mim que se transformava em gol.

Por fim ganhamos a partida por 5 a 0 e eu fiz três gols, e aí um torcedor disse, hoje você comeu a bola, fez três gols, lógico meu amigo, hoje o jogo foi civilizado e vocês não disseram que iria bater em nós.

JOSÉ JOVEM

O José Jovem era muito engraçado, toda vez que íamos jogar em Perdição, distrito de Iúna, ele ficava na beira do campo gritando, seu filho era goleiro.

Quando eu pegava na bola ele gritava marca o Marquinho, não deixa ele chutar senão ele faz um golo, e quando eu fazia um golo, ele gritava com o filho dele, Jason você é fangueiro, deixou o Marquinho fazer o golo, e ia embora para casa.

ESTÁDIO MUNICIAPL ANTÔNIO OSÓRIO IÚNA

E para finalizar a longa história e lembrança de coisas boas, toda vez que nós jogávamos em nosso campo, a tinha um torcedor muito enjoado que vivia me gozando e eu educadamente quando fazia um gol, dizia para ele vai para casa senão vai passar raiva.

Tinha também outro torcedor fanático, que para onde o nosso time atacava ele ficava atrás do gol, e eles perguntaram a ele, porque isto meu amigo, ele na sua simplicidade disse, porque aqui atrás quando o Marquinho faz um gol eu me sinto escutando as ondas do mar fazer chuã, quando a bola bate na rede.

Comendador Marcus Rios

Poeta Iunense – Acadêmico -

Membro Efetivo da Academia Iunense de Letras (AIL)

Membro Efetivo da Academia Marataizenses de Letras

Membro dos Poetas, Escritores e Artistas do Amor e da Paz

Membro dos poetas, Escritores da Casa dos Poetas e Poesias

Fundador da Casa da Cultura Iunense

Embaixador da Paz

Poeta das Letras

Poeta do Amor

Mestre das Letras

Mestre das declarações apaixonadas

Mestre das lindas palavras de amor

Mestre das Inspirações imediatas

O Mestre dos Mestres

O Mestre do Amor

Mestre das Letras de Amor

Mestre dos Mestres das Letras de Amor

Amigo das Letras

Marcus Rios
Enviado por Marcus Rios em 09/02/2021
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