A coragem para exercer uma virtude popular...

Talvez aqui esteja buscando uma leitura qualquer sobre como é maravilhoso buscar empatia e respeito nos dias em que essas virtudes parecem estar na moda. Hoje na verdade preciso falar sobre a auto crítica que deveríamos ter todas as vezes que falamos desse assunto, porque não é sobre querer, mas sobre ser e fazer. Queria te perguntar se você já deu abraço em alguém que ama hoje? Queria te perguntar quantas vezes seus ouvidos estavam despertos para aqueles que gritam socorro, muitas vezes só no olhar? Queria te perguntar se você foi útil a alguém de alguma forma, ou se auxiliou sem precisar perguntar em como ajudar? Queria te perguntar se você fechou os teus lábios para a fofoca do momento que está rolando? Se ao invés de debater aquele seu desafeto, você o amou e compreendeu?

Queria te perguntar se hoje tirou dois minutos para ligar seu pensamento ao que realmente importa, para então voltar a velha correria insana de sempre?

Talvez saiba, ou finja não ver, que ao invés de requerer do outro o que está na moda dizer, você possa exercer. Nós temos um poder invisível que pode insuflar vida, amor, alimento de alma, na vida de quem passa, independente se ele é o contato importante para o próximo passo, ou se ele é aquele que você não vê, porque a correria da vida embola todos para o “depois”. Quando parar e observar, talvez entenda que amor não é uma questão de ego, limitante de espírito, mas é sobre doação, cooperação, abdicar dos rótulos e construir todos os dias com a esperança de que podemos errar, falhar e está tudo bem, se você escolher sempre se esforçar.

Nós somos breves, plurais, tal como o vapor que passa. Permanente só é Deus e o legado que deixamos ao piscar dos olhos no efêmero.

Caminhamos com o amor, porque é Ele quem nos salva e nos reabastece do que é suficiente.

30/11/2020

Keith Danila
Enviado por Keith Danila em 30/11/2020
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