2020 – ELEIÇÕES – AS CINZAS DE UMA SOCIEDADE

De uma sociedade em chamas restaram as cinzas. Nas cinzas alguns focos persistem e insistem, mas a devastação moral e a matança política já foram feitas. Haja vista os candidatos e os eleitores que temos para as eleições municipais que se aproximam.

Os candidatos saem de dentro da sociedade. Dizem que o Brasil só vai dar certo na hora que retirarmos os políticos, esquecem que eles são o reflexo da sociedade. Enquanto tivermos eleitores que assim pensam triste destino nos espera.

Mudar o Brasil? Só com investimento em educação de qualidade para todos. Tipo Colégio Militar ou Colégio Logosófico, para citar dois exemplos austeros e proficientes. Estado Laico e Escola Sem Partido, isso é fundamental para uma evolução no ensino.

A terra, para se colher bons produtos, há que se arar, adubar, fertilizar, plantar, regar e cuidar. Só conseguiremos bons frutos se investirmos em educação, a partir de agora. Dentre uma nova geração bem-educada é que surgirão os profissionais probos e competentes, inclusive os novos políticos. Políticos de uma nova safra.

O exemplo acima foi bem dado: uma nova safra.

A prática não tem, muitas vezes, o glamour da teoria. Curto e grosso, na prática, o nosso atual presidente, Jair Bolsonaro, é a esperança dessa guinada. Mudar a educação que deu errada.

Tem-se que acabar com os boicotes dos MSEs da vida: Movimentos Sem Educação. Pois existem, persistem e insistem. Basta analisar os candidatos que temos aos governos municipais. Quais as bandeiras que defendem? Quais as ideias novas? Quais vão defender educação laica e sem partido para uma colheita daqui a alguns anos? Não, querem é resultado imediato, seus alforjes estão ávidos a suprirem suas ganâncias. Com raríssimas exceções, são profissionais da política, vivem e se locupletam com ela e dela. Não a largam e ficam como moscas ao redor do lixo. O lixo lhes convém.

Político não era para ser profissão, era para ser labor voluntário e não remunerado, para quem comprovasse vitória em sua vida pessoal, profissional, econômica e financeira. Com um só mandato e podendo fazer do vice seu sucessor. E voto consciente não obrigatório. Daí sim, mas o consciente também depende da boa colheita das novas gerações...

Penso assim... e assim penso.

Armand de Saint Igarapery – crônicas no Face e no Recanto das Letras

Igarapé – 19-09-2020