Flordelis

Dizer-se algo, intitular-se, rotular-se, atribuir a si adjetivos ou estar entre aqueles a quem se compara ou equipara-se. Ser aceito por aqueles em quem se espelha e que por fim gostaria de ser como os tais, não quer dizer que de fato seja o que se diz ser, nem que se é, o que se queira ser.

Assim sendo, em qualquer classe, meio, sociedade, local, cultura, profissão e o que quer que consigamos imaginar de ambiência, sempre haverá os que se dizem ser e os que de fato são. Inclusive isso é muito evidente atualmente na classe midiática dos que dizem a verdade e dos que proliferam fakenews.

A bíblia, inclusive cita no livro de Mateus, capítulo 13, versículo 30, que entre o trigo, crescia o joio, uma erva daninha parecida com o trigo e que dificultava o cultivo do grão, como dito na ocasião da parábola. Mas que ficava fácil durante a colheita sua distinção, pois bastava que os deixassem crescer para que quando fossem ceifados, ambos seriam facilmente identificáveis. De modo que um fosse lançado ao fogo e o outro, do uso eficaz de seus agricultores.

Para tanto, generalizar em qualquer meio, é um absurdo, pois quando a generalização é voltada para uma classe a que pertencemos, percebemos o quão absurdo de fato são as comparações com os joios que crescem por aí e acolá.

Joãos de deuses, tios estupradores, padres pedófilos, pastores charlatões, jornalistas mentirosos, esquerdistas imorais, conservadores hipócritas, mídias vendidas, políticos corruptos e tantos quantos pudermos imaginar e enumerar estarão sempre crescendo em nosso meio. Até que as flores de lis cresçam e dêem lugar aos trigos essenciais para que o sustento da verdade subsista.

Harlen Ribeiro
Enviado por Harlen Ribeiro em 25/08/2020
Reeditado em 26/08/2020
Código do texto: T7045823
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