PERDÃO. JULGAR. IMPROBIDADE.

É preciso meditar na vida sobre a vida da falácia que subtrai e esmaga a verdadeira vida.

Quem não respeita a dignidade do ser humano já está morto. Que se entendam com o relativamente desconhecido e com a vida reles que não lhes traz muitos pontos de uma consciência que não têm, vivem em um caldo de misturas fétidas. E não creio, e assim ensina a história, que isso mudará, a triste inveja preside vasta ambiência temática, em vários níveis, maiores e menores. Vai dos palácios aos rincões interiorizados de total ignorância. Nasceu com tradição em Caim, forte e malfazeja.

“1-Não julgueis, para que não sejais julgados. 2- Pois segundo o juízo com que julgardes, sereis julgados; e com a medida que tiverdes medido, vos medirão também a vós.” Mateus, Cap. VI.

Caim mediu mal, e arrastou o estigma para a posteridade.

Quem tira o direito do coletivo do semelhante e retém para si, quem não distribui justiça e para isso foi convocado, “dar a cada um o que lhe é devido”, deve ter a pena legal exacerbada ao máximo como exemplo a não ser seguido.

Dos juízes, dos julgamentos oficiais, se crê na máxima correção, mas merecem o maior rigor de apenação todos os homens públicos, e os próprios magistrados, se desviados desse padrão, nunca perdão.

Embora Cristo tenha advogado o perdão, não há como ter compaixão ou comiseração de quem retira dos necessitados o mínimo, e não há como perdoar-lhes como sinalizou Mateus, perdão que se destina ao julgamento coloquial.

E o que disso conhecem em atrabiliária confusão as gentes e as contigências, medir, julgar? Nada!

A vida é puro julgamento sem cancelos de tribunais. Uma régua sem medidas, o padrão é o edito de cada um. Sofrível, pois o representativo já se torna péssimo.

I, 1/2. Cristo chamou Mateus para seguí-lo embora fosse um cobrador de impostos, quem auxiliava o império romano contra sua própria gente. O fato causou estranheza entre os fariseus. Quem converteu um cobrador de impostos em seguidor nos mostra que a atitude fundamental da vida só pode ser o perdão. E poucos têm a alma de talho em cinzel limpo que reconheça o perdão, e possam exercê-lo. Quem perdoa é Deus, não um ser menor, a criatura, não tem esse dom, só os juízes através de representação, o perdão judicial. Não existe perdão fora de Deus e dos tribunais, mas compreensão e entendimento.

Devem todos os faltosos serem perdoados?

Quem tira o coletivo do semelhante e retém para si, quem não distribui justiça e para isso foi convocado, “dar a cada um o que lhe é devido”, deve ter a pena legal exacerbada ao máximo como exemplo a não ser seguido.

Dos juízes, dos julgamentos oficiais, se crê na máxima correção, mas merecem o maior rigor de apenação todos os homens públicos, e os próprios magistrados, se desviados desse padrão, nunca perdão.

Embora Cristo tenha advogado o perdão, não há como ter compaixão ou comiseração de quem retira dos necessitados o mínimo, e não há como perdoar-lhes como sinalizou Mateus, perdão que se destina ao julgamento coloquial.

A justiça julga institucionalmente, e perdoa em casuísmos singulares. Está na lei eventualmente a concessão. Mas a justiça também peca, se desvia, é humana e pelos homens exercida.

Fosse Deus perdoar a todos, como ensinou seu filho Cristo, não instituiria os Juízes no Deuteronômio.

O perdão é circunscrito à gravidade da falta, e Mateus proclamou, indicando, que só Deus e seus convocados para a missão poderiam julgar, e perdoar. O juiz ímprobo pagará mais.

Mateus se dirige para os julgamentos particulares, tão ocorrentes. Que todos praticam infantilmente entre opiniões vazias e que nenhuma eficácia têm. Uma vontade de ser o que não encontra eco social. Demasias particulares e menores.

O céu traz para a terra a forma de distribuir justiça, tão falha e visível pois administrada pelos homens como a que se faz em nossos dias de maneira lamentável, e terão que responder com mais grau de culpa por essas condutas os magistrados.

Pela falibilidade humana há incidência em erros veementes.

Quem desse alto patamar social para o qual foi convocado em tão nobre missão concorrer para esvaziá-la, com mais penitência pagará suas culpas. Por julgarem é que serão julgados com maior severidade.

Não há perdão para aquele que se desvia de sua alta função ausente de probidade, está somente nas mãos de Deus cujos desígnios não alcançamos. Pagará com sobras, como nas bolgias de Dante Alighieri está definido.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 18/07/2020
Código do texto: T7009611
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