Sem Norte , Sem Sul

Na grandeza do ir e vir, na distancia de um ponto e outro, seja norte, seja sul, leste oeste, noroeste sudoeste muitos pontos, muitas curvas, muito ir e vir, pausas se faz na curva e ate mesmo na reta da estrada, um sorriso, um rosto amargo, um corpo cruza a passos apressados ou lentos , a expressão sisuda no semblante, no embaraço do tropeçar do mesmo passo , apressado seguindo rumo a rumar na esperança de chegar bem ou mal, amargurado ou não na estrada mais seguir sempre e frente as réguas um passo ou outro , mas buscando dentro de si o seguir em frente , em muitas vezes sem quer mas seguir em frente, proposito maior, ou menor, sempre é proposito seguir , entre um sorriso que não foi dado, o olhar guardo, tudo se reluzir no findar de cada momento, e a vida que se faz no embaraço na clareza dos passos ate mesmo escuro , por mais que sabemos nada sabemos. Na corrida desenhada de cada manha no repetir sempre da mesma rotina, desvendar e fazer o ponto sul e norte talvez mais próximo, voar alto e ate cair tropeçar entre as barreiras e obstáculos do ponto leste e oeste, perdido sempre no mesmo labirinto, mais a nave tentando seguir o curso a passos rasos na labuta de cada labuta, labutar na esteira da poeira , remar na lama pesada e caudalosa, bem profunda pesada mas tentar prosseguir , tentar ir e vir, na distancia diante do olhar ate mesmo cansado e obscuro da esperança, pequeno fino reluz lá no fundo da alma iluminando um ponto aqui e ali distante, nos passos a tropeços, tropeçando no cansaço mas amando e caindo e levantando distante de ate mesmo do ir e vir de um ponto ao outro. Condor solitário no alto pico da lama lobo amargo parado com o olhar atento da esperança, da confiança, na busca de partir ou ate mesmo descansar acreditando em chegar no ir ou vir do cada remada , cada passo, seguir , fio de paixão no olhar , pingos suave da leveza da amar, com o coração apertado sufocado no peito pulsa mais ferido , mas seguir retirar um pouco das cinzas e da lama limpar um pequeno ponto sujo imundo do seu corpo e tentar agarrar no barranco da gigante cava da encosta de seu ponto se sul ou se norte, leste ou oeste.

Logica ou não logica, abundancia na estancia deste remar, curvas únicas, apreciar cada detalhe por menor que seja a pequena reta um simples detalhes faz toda diferença, insensatez na rustica montanha de concreto escorregadia derrapando no compasso do passo , neste deslizar do ir e vir , curvar sem ate mesmo a curva chegar no verdejar do horizonte diante do olhar escuro e cinzento da saudade, pulsando no peito amargurado e amando, a razão de ir e vir tentar sair do ponto sul ou norte , leste ,oeste, na remada de mais um passo corroendo no peito a dor, corre no expresso buraco de um coração em frangalhos, corroído pela dor da razão de amar, e o ponto de partida ai do lado no mesmo lugar ou ate mesmo bem distante do olhar um fino farol relampeja distante uma fino raio de luz, a razão domina a emoção, a emoção na contramão da razão, na vice versa da vida, sempre buscando no alto o olhar trêmulos a desvendar a imensidão da montanha distante ausente da brisa suave da razão, jogado no jogo da razão, enamorando a amada emoção que quase nem pulsa e nem mais reluz no olhar apenas chora baixinho no peito no coração estraçalhado pelos estilhaços vindo de todos os lado bem em sua direção. Na encruzilhada da contramão somente mão única ,na deslizar da fina poeira quente aquecida pelo calor do próprio corpo, jogado na lama da poeira, mais na busca de ir e vir, ali está digo , inerte e imerso no verso da poeira a face encoberta de cinza e o ponto norte ou sul no mesmo ponto, em muitas vezes sem forças alguma se arrasta ate o fio da esperança, no vazio da solidão abraçado com a saudade que domina, faz morado rotineira e certeira no baú da vida, a mente domina a razão , a emoção entrelaçada no laço de amar a amada ausente, e a esperança acreditando na capacidade da razão desenha a face da amada na poeira invisível da encruzilha de mão única, procurando chegar na próxima pista de mão dupla, na dupla esperança única e real de ver e sentir o ir e vir cruzar de encontro com teu ser o corpo imortal e único da amada , mesmo que esteja em pistas oposta mas sempre procurando passar e chegar logo na pista de mão dupla, corrida que se inicia e também termina sem terminar, na esperança de sempre de começar o ir e vir, quem sabe por um dia ou um instante ambos lado a lado.

Na pagina desta grandeza da logica ou ate mesmo da não logica da estrada, um beijo se faz no imaginário solitário da mente, porem repleto de grandeza na entrelaçar da real logica da mente, o corpo expressando em alto tom o som de cada nota, no dedilhar dos dedos na logica do próprio corpo, a mente em devaneios loucos e reais imortais no mortal momento que apraz na curva da linha da estrada na reta árdua e sortida de mais um momento no curso do acalanto do vento, vendavais de vento, na penumbra na estrada estraçalha na cortina da vidraça, junto as muralhas destruídas caídas por terra , uma muralha de entulhos no caminho a bem devagar com cautela em um trabalho árduo começa a ajeitar todo entulho pode levar tempo, mas com o tempo em breve vera a grandeza de ter deixado a muralha que te encobria cair por terra, e na pequenez de mais um momento tentando se esconder nos escombro do entulho da própria muralha. Na busca do vazio senti feliz senti prazer, senti audácia sem audácia sem nem uma audácia, na audácia maior de ser vulgar e compreender apenas o momento, lutando sem quase nem uma força para seguir de um ponto ao outro, mérito talvez nem um, na busca de passar por mais um obstáculo e viver cada segundo , sem ate mesmo estar ali no ir e vir da cada segundo, em muito quase nada se leva, na leva da esperança reluz a certeza da própria incerteza jogada na lama da mesma poeira que engrandece a nobre corrida da estrada buscando cruzar de um ponto ao outro.

NUTE DO QUARA
Enviado por NUTE DO QUARA em 18/07/2020
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