Um fim de namoro diferente - presente de aniversário

Meu desejo de aniversário desse ano foi: maturidade.

E, no dia do aniversário, eu percebi que isso já estava aqui. Mas não me contento com pouco e quero mais.

As pessoas falam que se te fere, você deve abandonar. E seguir.

Mas eu mandei embora. E eu não me sinto mal por isso.

Eu mandei embora a quem há meses eu queria que não fosse. Eu mandei embora a quem eu disse que amava, que gostaria de estar perto mesmo distante. E essa pessoa disse o mesmo.

Parecia recíproco. Mas não o era.

Eu mandei embora pois mesmo ocupados, conseguimos tempo para quem nos interessa.

Mesmo sem tempo, conseguimos uma pausa para enviar mensagem para quem queremos conversar.

Apesar do próprio apesar, as pessoas ligam para quem elas querem ligar.

E se não o fazem, mande embora.

Amar sozinho não é amor.

Eu perdi muito tempo procurando uma justificativa para me desculpar por não mais aceitar ser preterido.

Eu perdi dias e oportunidades por não saber como falar.

Ainda assim, o silêncio era pior. Muito pior!

Palavras não ditas doem mais do que aquelas despejadas nos ouvidos.

Mas no meu aniversário, no dia que eu desejei maturidade, eu percebi que eu não preciso dar desculpas, eu não preciso me manter sob o controle de quem não quer me ter sob seus cuidados.

Eu só preciso dizer: não quero mais. Não mais.

E não precisa ser com todas as palavras. A ação é um start de gatilho (reação).

E eu perdoo. Perdoo porquê perdoar é um bom ponto-final.

E sorrio. Porquê estou leve, porque não tenho mais dor.

E sigo. Porquê seguir é o fluxo da vida e eu não posso ficar parado ou me prender a alguém que não se importa - e por isso mandei embora -, quem não parou como eu parei.

Eu estou maduro. E quero mais disso.

Poeticamente,

Diego.