AZAR NO JOGO, SORTE NO AMOR...


Ontem, domingo de Páscoa, dia de confraternização, de almoçar com a família, com os amigos e eu aqui, por conta da PANDEMIA, preso em casa, sem poder receber a visita dos amigos e nem visitar nenhum deles. Mas vai passar logo. Se DEUS quiser. Pelo aplicativo falei com alguns deles, e falei com muitos da minha Vila Formosa, onde morei até pouco tempo e joguei dominó também. Não sou bom no jogo, mas me divertia muito. E da lembrança desse tempo e desses amigos, me veio a lembrança do Jeremias, morador da rua Cabinari, parceiro velho de copo, de dominó e do futebol aos domingos. E lembrei dele, porque ele afirmava, ou afirma ainda, que o ditado azar no jogo, sorte no amor, é balela, conversa pra boi dormir. Pelo menos, com ele não fez efeito. E faz questão de contar essa história que vou descrever, jurando de joelhos que aconteceu com ele. Diz ele que a esposa, estava menstruada com previsão de encerrar o ciclo na quarta-feira da Semana Santa, quando por motivos religiosos não podia manter relações sexuais antes do Domingo de Páscoa. Ele esperou pacientemente o domingo, levantou, ansioso, conferiu os treze bilhetes da loteria esportiva. E em nenhum, fez nenhum ponto. Na federal, também não acertou nenhum número. Tomou café e foi para o campo do FLOR jogar a pelada dominical, só que nos três quadros que jogou, nenhuma vitória, aliás, nem empate, perdendo todos de goleada. Aí como de praxe foi para o salão da quadra, tomar uma cerveja e jogar bilhar, pra esquecer a humilhação do futebol. Qual, das cinco partidas que disputou perdeu todas. Terminou a cerveja e junto com mais alguns colegas rumaram para a ADEGUINHA, onde rolava um dominó, até a hora do futebol na TV, ou seja às 16h. No dominó também, a sorte não lhe sorriu e foi aí que ele lembrou do célebre ditado e pensou: se nos jogos estou assim,  significa que à noite o BICHO VAI PEGAR! E foi pra casa com esse pensamento e animação. Mas chegando, em casa os jogadores, já estavam cantando o Hino Nacional, não deu tempo nem de almoçar à mesa, comeu ali mesmo no sofá onde assistiu o seu são Paulo tomar um SAPECA IAIÁ do santos. Pronto, pensou ele, hoje, será mesmo o dia de descontar o atraso. Foi pro banho, gastou quase um sabonete no trato com a pele, fez a barba e o pensamento voltado o que iria acontecer após. Usou quase meio tubo de creme dental na escovação dos dentes e esvaziou o vidro de enxaguatório bucal e veio todo animado para o SAPECA IAIÁ. Ao sair do banheiro quem ele encontra na sala conversando com a esposa? A sogra! E pra quem morava num cômodo e cozinha...