O VÍRUS E O CARNAVAL

Perai! Observo, escrevo e acredite quem quiser. Sobre o carnaval e o vírus os governadores erraram querendo mas acertaram sem querer. Se o vírus deve atingir uma maioria da população jovem e sadia para a epidemia declinar, o que melhor que uma festa pagã com muitos jovens entre diversão, lascívia e muitos flex beijos? Algum desses jovens morreu? Mas quantos levaram o vírus para casa? Em quantas casas as famílias confinadas já não estão dormindo com o inimigo? Será que os em risco estão isolados, ou todos juntos e misturados? O confinamento vertical não seria mais apropriado? Se a curva entre o primeiro caso e o final da pandemia do Corona é de 12 semanas, podemos supor que o fim é final de abril, início de maio? Até lá com a recomendação de maiores e redobrados cuidados às pessoas do grupo de risco e relaxar, com as devidas precauções, os trabalhadores e as atividades produtivas? Quem viveu e sobreviveu ao carnaval deve fazer o favor de voltar ao trabalho, posto que a vida não é só carnavais, e nem é feita de só de festivais como bem disse Geraldo Vandré. Alguém, nesta casa Brasil, tem que trabalhar pra máquina funcionar, pois máquina sem uso também morre. Ou não?

(04/2020 - Armand de Saint Igarapery - cronista)