às vezes desapareço, mas depois recomeço

Do momento em que acordei hoje, até agora, tudo que ingeri foi amargo. Peguei o caminho de sempre, e sei lá se pela certeza do destino ou pela segurança do caminho, ora com o pensamento de que logo tudo ia passar, ora questionando se não era um pouco desumano exigir que sejamos gratos e otimistas o tempo todo.

Compreender sempre, também cansa.

A autoanálise em dias de coração nublado, é quase navalha. Piora quando se constata que tudo é simples. E quando se entende que os pés no atlas não se movem só com o desejo.

Embora eu deva admitir que certas coincidências são como um sopro de paz para o meu coração. Como essa, em que toca no rádio uma música da trilha sonora que vivo sonhando pra minha vida, enquanto escrevo sobre meu dia amargo. Certamente, o momento mais doce do meu dia.

Não tenho sido a melhor pessoa para exigir que me entendam, então perdoem a minha babel. Silêncio também é coesão.

#TextoDeQuinta

Marília de Dirceu
Enviado por Marília de Dirceu em 20/02/2020
Código do texto: T6870583
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