CÍRIO 2019.

Começo de uma navegação humana numa caudalosa correnteza de amor e fé de filhos agradecidos e arrependidos. É pés carregando corações fervorosos na fé a Virgem Mãe de Jesus; outros, contritos, que, hoje compungidos, penitenciam-se juntamente com outros irmãos. Outros, carregando úteros plasmados com fruto de amores, paixões ou cruciato, hoje arrependidos, e que esperam ser amenizados pela energia gerada da fé e sacrifício dos que caminham buscando o templo assinalado pelo campanário no final da via crúcis, o caminho da cruz, em nossas ruas também desalinhadas, sujas, pouco calçadas, sem acessibilidade, cortadas e ocupadas pelo bel prazer dos moradores, numa demonstração da ausência do gerenciamento social do Poder Público, ao longo dos anos. Com sol a pino, aceitamos a água jogada contra nós, sem reclamarmos. Mas não faça isto amanhã! É agressão. Pode gerar uma inimizade. Pisar nos pés, hoje pode. Amanhã não! Empurrar. Hoje pode. Amanhã não! Enfim, a alegria da reconciliação está presente, o poder da aceitabilidade humana e social está em alta. Como sob os olhares da divina Mãe, amostrando a todos o que resultou ao Corpo do seu Filho Amado, ao se dar por amor por todos (“Isto é o meu corpo oferecido em favor de vós;...” (Lucas 22:19), tudo é amor, é compreensão, louvores cantados, conformidade. AMANHÃ: talvez não!

Ír na certeza de que algo virá acontecer em sua vida a partir de hoje. Só o fato de estarmos aqui, já confirma que mudanças ocorreram. Tivemos um ano, desde o Círio anterior, de vir ou voltarmos para este dia de hoje a confirmar que Deus permitiu a cada um, além as vida, a saúde, a possibilidade de podermos louvar aquele que foi a propiciação pelos nossos pecados (1 J. 2,2). No Novo Testamento, Jesus veio e se tornou no sacrifício perfeito pelos pecados de todo o mundo. É que, o sacrifício de animais era apenas um símbolo do sacrifício perfeito: JESUS. (Hebreus 10,1-4).

Mesmo estando convivendo com uma saúde social mambembe, deslumbra-se logo que ocorre mais trafego do que trânsito de interesses, o que faz aflorar projetos apetecidos de meios mercadejastes para rapidamente se locupletar, pois o tempo conspira às anuências.

O Cristão como CRISTO, deve servir com simplicidade, e não em função de compensações egoístas, senão em função da retidão, da fidelidade e da gratuidade. Aqui está a grandeza e recompensa de quem se dispõe como cristão, um servidor no grande trabalho em favor do Reino. Se for para ultrapassar, que seja no AMOR; o êxito? Entregue-o a DEUS.

Aos Filipenses, o Apóstolo exortou o amor fraternal à humanidade, pedindo que lhe desse a alegria, completada com seu pensar, tendo o mesmo amor, sendo unidos de alma, tendo o mesmo sentimento. Nada feito por partidarismo, ou vanglória, mas por humildade (Fp. 2,2-3). É como uma única voz, João diz que o amor consiste em vivermos por meio do filho de Deus, o Filho unigênito enviado ao mundo. Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor (1 J. 1,4-8). Deus enviou seu filho Jesus, como expiação dos nossos pecados. Assim, não é que nós tenhamos amado a Deus, mas Deus que nos amou a nós para propiciação pelos nossos pecados. (1 J. 4,10).

Remadas mais lentas, mas, mais alegres. Remadas da chegada ao Templo do Reino. No Reino onde “crer em cristo”, significa querer a unidade. Todos andantes desta manhã querem a unidade; e querer buscar esta unidade, que é Jesus, e querer a IGREJA; e este querer, é praticar a comunhão da graça, que corresponde ao desígnio do Pai desde toda a eternidade (Dom José Luiz Lapunza, Bispo de David, Panamá).

A jovem Maria plasmou o amor do Espirito Santo de Deus, que amostrou dentro de uma manjedoura, aos Reis Magos visitantes em Belém. Hoje, como no começo deste mês, em Belém do mesmo Pará em que estamos, pela sua imagem na Berlinda, mostra-nos o seu Jesus, que hoje é o nosso Cristo, posto que foi, deitado sobre seu colo materno, que concebeu sem o pecado original.

No serviço desse Reino Divino, não busque seus interesses próprios, nem admita sua vaidade, nem busque o centro das atenções, Caminhe, reme, mas com o coração contrito. Os que se apresentam com o intuito de buscar louvores e interesse próprio esvaziam a missão evangelizadora. Assim, quem procura viver o Evangelho, nunca achará que está fazendo demais para os outros.

Isto é meu corpo... Isto é meu sangue (Mc.14,22-23). No calvário esta afirmação se tornou EUCARISTIA. Ela nasceu de uma pessoa: JESUS. Vim do PAI e entrei no mundo; todavia deixo o mundo e vou para o PAI. (Jo.16,28) Nascido de um corpo plasmado, que no calvário foi derramado. O calvário transubstanciou o pão e o vinho, na carne e sangue de Cristo. JESUS, porque assim o disse do pão e vinho, assim é sua pessoa, é sua missão em nós cristãos por quem derramou seu sangue. Salta aos olhos a valorização dos aspectos humanos e de tudo o que reveste a humanidade de Jesus e Maria na obra da pietà... eles não sabem o que fazem (Lc. 23,24), com esta frase se desvenda o sentido pleno da palavra “PERDÃO!

O ser humano, tal como Deus, é fundamentalmente um ser de gratuidade. Jesus em torno de uma mesa, com alguns dos seus seguidores, que viriam a ser Apóstolos, entregou- se gratuitamente por amor à humanidade, após dar graças a Deus, transformou o pão e o vinho em seu corpo e seu sangue. Fazei, Apóstolos, isto em memória de mim. Assim, a Eucaristia é dar graças ou agradecer.

Esta Aceitação de Cristo na Eucaristia, dentro de nós, dá o gosto do AMOR e da COMUNHÃO. O que vem ultrapassar o individualismo e a acomodação.

Crucificado e morto, o corpo e o sangue derramado, são a libertação dos pecados. É o Sacramento de confiança do Católico, que fortalece a certeza da passagem da morte para a vida ETERNA. AMÉM.

Irituia/Piedade 2019 - (Nossa Senhora da Piedade do Rio Irituia)

DOMINGOS INÁCIO

DOMINGOS INÁCIO
Enviado por DOMINGOS INÁCIO em 09/01/2020
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