O Preço da Morte

Num traumático e fatal acidente, onde a burocracia mortal se faz presente, com suas interrogações formais e informais, a gente supera a dor e estanca as lágrimas para conseguir viabilizar providências inerentes ao trágico acontecimento. As perguntas da curiosidade mórbida nos fragiliza muito mais do que nos conforta. Sem falar no espanto popular nestes momentos trágicos. Do local do acidente até o velório, é uma verdadeira via sacra, as ações se movem em clima de impacto. O velório é a tentativa de suavizar a dor pela perda de um ante querido, com palavras solidárias e fraternas. Em relação á espiritualidade, ela se faz nos mensageiros da fé, todos buscando encomendar aquela alma ao criador do mundo, o que é algo positivo e confortante.

Mas existe o outro lado da moeda. A morte é capitalizada, comercializada ao extremo. Todos prestadores de serviço nestas horas só visam o lucro,e muitas vezes com desonestidade. É claro que há exceções.

Quem já passou por estes momentos, sabe o que estou dizendo. É o meu caso...

Lair Estanislau Alves.