Uma reflexão minha que pode ser nossa!

Dia desses saí num sábado à noite juntamente com meu namorado, minha irmã e seu marido pra um programa de interior: comer, beber e conversar vendo pessoas muito conhecidas chegarem e sentarem na mesma lanchonete que até então é a mais badalada da pequena Mantena, interior de Minas Gerais.

Mal nos sentamos e começamos a conversar, quando minha irmã disse: Olha quem está chegando aqui! Me virei imaginando ser algum aluno, ex aluno, ou algum conhecido local. Mas não, era uma super amiga da adolescência que carreguei pra vida adulta.

Jéssica, que atualmente mora na capital do Espírito Santo e frequentemente cede seu apartamento para que eu possa dormir quando preciso passar dois dias sendo orientada por meu querido orientador de mestrado. Claro, após vê-la já fui perguntando porque não me ligou que viria visitar sua mãe para combinarmos algo. Ela foi explicando que acabara de chegar e me apresentando seu atual namorado, e eu apresentando o meu. Conversamos um pouco e como não havia quase nenhuma mesa livre mais eu a orientei a sentar-se logo na que vagara um pouco distante da qual eu estava com o meu pessoal. E assim ela fez.

Foi quando me senti envergonhada. Jéssica, que não havia sido convidada para juntar-se à nós, mal se sentou e já chamou o garçom pedindo permissão para que juntássemos as mesas: Claro Eciane, vocês são amigas, ora! Como não pude pensar nisso antes? Porque não a convidei para sentar-se conosco? Que tipo de amiga eu sou? Aquela cheia de dedos com as amigas da adolescência?

Enfim, juntamos-nos todos! Ainda chegou mais um casal muito conhecido e nossa noite foi extremamente agradável!

Poderia eu não ter convidado Jéssica pensando que ela queria um momento à sós com o namorado? Poderia ela não ter nos chamado pensando que queríamos conversar em família? Que nada, a noite foi divertida mesmo após juntarmos as mesas!

O que quero contando esse pequeno episódio? Quero dizer que com amigos não devemos ser cheios de dedos, Jéssica naquele dia me lembrou o quanto é bom sermos íntimos, nos conhecermos, não termos vergonha de falar o que queremos. Tá certo que ela sempre foi mais despachada que eu para tais atos, mas, como eu já estava lá, o gesto dela me fez enrubescer mesmo sendo morena!

Sem rodeios, o que devemos fazer muitas vezes é ir direto ao assunto!

Em muitos momentos de nossas vidas podemos perder experiências incríveis por ficarmos cheios de dedos com as coisas e pessoas! Convide, chame, junte-se, converse! Saia da bolha, deixe de lado o medo de ser inconveniente sobretudo quando estiver lidando com pessoas conhecidas! E para os desconhecidos, sorria! Esse sempre será um bom começo!

Eciane
Enviado por Eciane em 27/11/2019
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