Mania de Ler. Nem o Chulo Escapa

Talvez por estudar apenas o terceiro ano primário no vilarejo onde vivi a infância e adolescência, era o limite formal escolar da época. Aqui em BH, aos 28 anos concluí o quarto ano primário. Para ampliar conhecimentos, me viciei em mania de ler e escrever. Lia e leio de tudo, hoje nem tanto, por questões visuais. Lia gibi, jornais, livros didáticos e romances, religiosos, biografias, astrologia, poesias, auto ajuda, mitologia e holísticos. Lia propaganda em placas, modelos de cartas de amor, de assuntos comerciais, santinhos de candidatos em eleições, enfim de todos segmentos sociais, Por incrível que pareça me ajudou muito em meus textos. Claro sei que não sou perfeito gramaticalmente, mas consigo passar meu recado, em diversos segmentos sociais.Se é que posso definir como literatura chula, os banheiro público,

uma escola!... O que se vê nas paredes de banheiros públicos, pode se dizer do ensino docente da pornografia. Escolhi algumas mais “Ligt”, “Triste sorte triste sina, ser poeta de latrina,” “Aqui é o lugar onde o fraco geme e o forte treme” Também copiei alguns versos:” Bosta não é tinta/ Dedo não pincel/ Quando vir a privada/ por favor traga papel.” “ Adeus terra da miséria/ Nunca mais vereis tu/ Criei ferrugem nos dentes/ E teia de aranha no cu.” “Minas tem montanhas/ Minas tem colinas/ Se Minas tem Cu/ Lontra é o cu de Minas”. Mais uma de lambuja: “Adeus latrina imunda, nunca mais vereis minha bunda.”

Sô Lalá.