REPORTANDO A HISTÓRIA EM CANUDOS

Fazer esta crônica é voltar ao 05 de Outubro de 1897, quando encontrava o arraial de Belo Monte Canudos, incendiado e muitos conselheiristas foram mortos e outros eram rendidos pelos Soldados do Exército de 1897, que agiram com vinganças naquele Sertão, marcado pela opressão dos dominantes.

Em 04 de Outubro de 2019, o poeta José de Jesus, procura em Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Monte Santo, o José Guimarães Ribeiro, o (Zé da Barra) e no meio daquela tarde, o camponês, nos conduziu em seu Carro de Passeio, pela BA 220, até o Pov. Distrito de Pedra Vermelha e Fazendas como Ipueira, Junco dos Peixinhos, Poço do Boi entre outras, até chegarmos a Fazenda Barra do município de Monte Santo, aí José de Jesus o cordelista, pernoita em casa de “Zé da Barra”, em fazenda Barra do Santo Antonio, onde nessa Fazenda pudemos ver Caixas e com Dessalinizador recente e muitos caprinos, formavam Rebanhos, esses eram dos familiares de José Guimarães, que tem muitas Terras.

As 5h 5, deixávamos a Fazenda Barra, este autor, encontrava sentado em Tábua de uma Camionete, e estavam conosco José Guimarães Ribeiro, Antonio Guimarães Neto. Ambos irmãos e a professora Cleide, filha de Zé da Barra” e também alguns camponeses. Aí passamos pela Fazenda Bento e o destino era o pequeno Povoado de Flores do município de Monte Santo, quando embarcamos em ônibus Escolar, com mais interessados a fazerem essa viagem ao Canudos Velho, mais na Fazenda Flores encontra-se muitas Roças e desmatamentos.

O percurso da viagem, prosseguia pela Fazenda Félix e passou-se pelo minúsculo Pov. de Testa Branca e Pov. de Poço Vieira de Uauá. E todos nós chegávamos a cidade de Uauá Ba, às 7h 25, do Sábado, 05 de Outubro de 2019, quando completava 122 anos do final do Massacre em plena Guerra contra Canudos de 05 de Outubro de 1897.

A partir dás 8h 27, todos já estavam defronte a Igrejinha do Povoado de Bendegó de Canudos Bahia, naquela data de 05 de Outubro de 2019, devia ser lembrado dos 122 anos, mais no começo da manhã, estava com ventos leve e o Céu entre Nuvens e começava a esquentar pelo Sol forte do Sertão.

Mais no interior da Igreja, Enoque José de Oliveira, recebia, os convidados e integrantes do Movimento Popular e Histórico de Canudos, para Celebrarem a XXXVI Celebração pelos Mártires de Canudos. Enquanto isto, a Igreja, tinham as suas Portas abertas. E lá aconteceram as falações em formas de Debates, sobre a situação do País, e o descaso na Gestão do presidente Jair Messias Bolsonaro em Brasília DF, tendo um Governo extremista neste Brasil.

As 9h 5, entrava dentro da Igreja de Bendegó , o Antonio Guimarães Neto, trajado de Batina Azul, ou seja Antonio da Barra, estava representando Antonio Vicente Mendes Maciel, o Antônio Conselheiro. Mas na falação de Enoque Oliveira, que fazia uma análise do País, nos dias atuais, nesta 36ª Celebração de 05 de Outubro de 2019, podia ser relembrada a História entre a versão de Enoque que disse que o fim da Guerra de Canudos, só “ finalizou em 05 de Nov. de 1897, com o assassinato do Ministro Carlos Machado Bittencourt, no Rio de Janeiro, pelo Marcelino Bispo dos Santos”.

Mais na versão deste Escriba, o fim do Massacre deu-se em 05 de Outubro de 1897, naquele Solo molhado pelos Sâneis dos Inocentes Canudenses.

Ainda dentro da Igreja de Bendegó, falou a professora de História Jacira de Salvador Bahia, ela disse estar com a Igreja Popular de Padre Enoque.

A tarde estava com Céu entre Nuvens Brancas e Ventos e a Caatinga em parte verdes e outra parte ficando Cinza, em volta do Açude de Cocorobó, naquele Sáb. 05 de Outubro de 2019, na XXXVI Celebração pelos Mártires de Canudos iniciada em 1983, mais houve um erro este ano, em Cartazes e Camisas que trazia como XXXV, isto é, quando começou a 1ª Missa em 28/07/1984.

Este cordelista escreveu essa 5 estrofes, no local da Celebração no Alto do Beatinho, após o Bar de Madalena, que tem duas Psinas ao lado, em Canudos de 05 de Outubro de 2019, o leitor (a) leia- as. Nesta data de 05 de Outubro de 2019. Faço a descrição. Nos 122 anos do Genocídio a Canudos, em 1897, houve humilhação. Principalmente em Belo Monte, surgia Espingarda e Canhão, a Guerra contra Canudos, causou muita destruição, mataram os conselheiristas, aqui neste pobre Chão, quem Lutaram pelo Conselheiro.

Nas Caatingas do Sertão. As ideias são relembradas, com escritos e inspirações, também críticas ao Exército. Naquela época haviam organizações. Aí passaram esses anos, leitores de Batalhas e Migrações. Estamos vivendo uma obscuridade. Das capitais aos Estados. Encontram-se as pessoas. E outros despreparados, reclamam de Bolsonaro, porque foram alienados.

Viva Antonio Conselheiro, Beatinho e o Pedrão, Joaquim Macambira e Pajeú, que lutaram nesta Região. E defenderam Belo Monte, com emboscada e Facão.

Embaixo de 02 Toldos, atrás do Bar de Madalena, às 14h 55, enquanto isto, pouco mais de 100 pessoas, assistiam Enoque Oliveira falar da Guerra de Canudos em 05 de Outubro de 1897, mais no dia 05 de Out. de 2019, faltou a Cantoria com Fábio Paes, Rosimeire, Rose, Wilson Aragão, Antonio Joaquim e em anos passados cantaram as composições de Enoque Oliveira, Salve Salve Canudos, e deixem me viver, deixem me falar, os louvores a Canudos Conselheirista.

Encontravam –se duas Mesas com um Pote Grande e dentro do mesmo tinha Vinho Tinto de Mesa, e num Cesto, pedaços de pães, e as pessoas eram servidas pelo Antonio da Barra, era a Céia. E enquanto o som de um (Paredão) isto é, quem fizeram uso da palavra, usaram um Microfone sem Fio.

Aconteceram apresentações Teatrais contendo crítica, pelo um grupo Teatral e sobre a direção de Jorge Azevedo de Salvador Ba, e teve personagem de Antonio Conselheiro, e outros como Paraíbano, o Neonazista e o Personagem de Bolsonaro e a atriz Simone representou a mãe de Jesus Maria.

O cantor e acordeonista Antonio Juaquim de Sergipe, falo e tocou Sanfona, às 16h 45. As crianças receberam brinquedos, pelo palhaço “Jadason”, e teve apresentação das mulheres do Reisado de São Jose, de Japaratuba Se.

Para finalizar a 36ª Celebração fizeram um círculo humano e de mãos dadas, todos olharam para as águas do Açude de Cocorobó, às 17h 5, até este poeta repórter, esteve vendendo livretos e cordéis de sua autoria.

Estivemos no Sertão de Canudos, refletindo e defendendo o lado da gente de Antonio Conselheiro. E passaram 122 anos em 05 de Outubro de 2019, hoje podemos observar o silêncio e o conservadorismo impedindo-se cada sonho do povo viver livre em comunidade. Portanto neste século XXI, somente a leitura faz- nos fortalecer e escrever sem censurar o Sertão.

Completa-se 85 anos dos Festejos da Festa de Todos os Santos, em Quinta – Feira, 31 de Outubro de 2019, em Monte Santo Ba.

Zé do cordel
Enviado por Zé do cordel em 29/10/2019
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