O vendedor de sonhos

Vi um garoto assentado numa esquina com sua caixa de sonhos;

Talvez o garoto tivesse mais “sonhos” em seus pensamentos infantis do que na sua caixinha de doces.

Eu passava pensativo, mas a realidade daquele momento me despertou para buscar a concretização dos meus sonhos e aspirações pessoais.

Aquele garoto talvez estivesse realizando um sonho do momento; uns trocados no final do dia lhe faria feliz;

Sua busca pelo seu dinheiro; quem sabe o fizesse realizado um sonho de menino;

Na verdade os sonhos começam mesmo na infância, e tomam força na adolescência e para muitos continuam vida afora...

Apesar de tudo o que eu ia refletindo, notei pessoas ociosas nos bancos da cidade, nas calçadas; gente que não buscam nenhuma atividade ; pois lá estão todos os dias nos mesmos acentos, nos mesmos gestos, na mesma quietude.

Algo nos seus olhares transparecem dizer que já desistiram de sonhar, e por algum motivo desanimaram da vida, vivem inertes e sem expectativas.

Olho à minha volta e creio que o mundo realmente precisa de “vendedores de sonhos”, de pessoas emotivas, que façam aparecer no rosto desses seres tristes, um sorriso; de alguém que mostre que há um lado bom da vida; que tenha sempre palavras com argumentos para colorir a vida; que mostre as possibilidades de reencontrar uma felicidade esquecida em algum lugar no passado;

Ou seja, alguém que realmente convença um olhar moribundo e solitário a comprar um sonho; mesmo que a principio seja um pequeno sonho.

Talvez o gosto dum pequeno sonho possa nascer o desejo de um sonho maior, e até de outros sonhos...

Apesar de ser um simples vocábulo descrito numa caixinha de um vendedor; me trouxe muitas reflexões; e vi que fatos simples da vida que olhado sob outro prisma nos traz valiosas lições de vida,

e até nos desperta para vivê-la...

Reinaldo Silveira
Enviado por Reinaldo Silveira em 29/09/2007
Reeditado em 02/09/2008
Código do texto: T673020
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