SALVEMOS CAMBOATÁ

SALVEMOS CAMBOATÁ

BETO MACHADO

Há duas semanas venho acompanhando notícias no sentido de que o Governo do Rio de Janeiro pretende construir, com recursos públicos e privados, um novo autódromo. Seria louvável se a localização não fosse exatamente onde está um dos últimos redutos ecológicos intocáveis da Mata Atlântica, no município do Rio de Janeiro. A FLORESTA DO CAMBOATÁ.

Por ser a floresta rodeada por algumas Comunidades que expõem seus baixíssimos IDH, o CIC, Centro de Instrução Camboatá, órgão do primeiro Exército, é o responsável pela área e por manter a população do entorno fora dela, através de comunicados sobre os perigos com explosivos não detonados e com o patrulhamento extensivo. Só que essa preocupação do Exército Brasileiro não impede que a vizinhança tente transformar os limites da Floresta com áreas habitadas em verdadeiros lixões com totais descontroles dos moradores carentes de educação, de segurança, de saúde e de assistência social... Abandonados pelo Poder público.

Mas de tempos em tempos a Sociedade Brasileira tende a achar normal o que normal não pode ser. Como aceitar, pacificamente, os caprichos e as vontades de certas autoridades do poder executivo, que colidem com a Ordem Jurídica do país, nos âmbitos federal, estadual e municipal.

É impossível que nenhum assessor tenha chamado a atenção e alertado o governante sem noção, sobre os impactos e conseqüências de uma iniciativa dessas, tanto ambientais quanto políticas, visto que o Brasil é signatário do Acordo de Paris. Ainda possibilidade de conseqüências econômicas... E se patrocinadores de equipes de corridas da Fórmula 1 se negarem a colocar suas marcas num autódromo fruto da dizimação de uma floresta? Eis a pergunta de muitos milhões de dólares.

SALVEMOS CAMBOATÁ.

Roberto Candido Machado
Enviado por Roberto Candido Machado em 14/07/2019
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