O MEDICAMENTO DE CADA UM

Bem mais de noventa anos era a idade de dona Zilda, porém a agilidade de seus passos o sorriso sempre presente e a constante disponibilidade para atender a todos que a procuravam para deliciarem se com os quitutes maravilhosos feitos no forno do velho fogão a lenha, em nada demonstravam ser de uma anciã, quase centenária. Suas atividades eram muitas, mas seu compromisso maior e o qual lhe dava maior prazer era fazer as roscas e bolachas para as quermesses da igreja.

Marinalva retoca mais uma camada do batom vermelho quando ouve a buzina à frente da casa. São as amigas Rita e Beta, já septuagenárias, que juntas irão dançar no bailinho do Tio Zica. Todas elas parecem meninas, nessa diversão que muitas vezes repete-se duas vezes na semana.

A professora Vitória, já a muito tempo passou dos oitenta anos, porém em nada paralisa suas atividades como Conselheira na sociedade local, ativista e palestrante onde é sempre lembrada como cidadã municipal, o que lhe rende muitos diplomas e troféus.

São histórias de vida acima relatadas. Todas elas nos fazem refletir e refletindo pensar na nossa vida e do que precisamos para conduzir nessa trajetória..Todas as personagens tem algo em comum. São pessoas, no texto mulheres, que mudando seu olhar e esquecendo-se de todas as mazelas resultante do envelhecimento, seguem ativas. Porém o surpreendente é que todas elas quando questionadas sobre o que as mantém assim tão bem, a resposta foi sempre a mesma: nossas atividades, nossos troféus são nossos medicamentos!!!!

CEIÇA
Enviado por CEIÇA em 30/06/2019
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