ESTAMOS “CHIPADOS” EM UMA EPIDEMIA TECNOLÓGICA

Praticamente não é mais possível conviver neste planeta sem estarmos conectados uns aos outros através das redes sociais. A todo instante nos deparamos com alguém com seus smartphones nas vias públicas, nas calçadas, nas residências e praças. Quase podemos dizer que é uma epidemia tecnológica que avançou tanto que alguns já nos dizem que não é mais possível retornar ao status quo anterior em que o ser humano era livre para agir, fazer, falar e estar em lugares diversos sem ser monitorado. Pois ainda que não tenhamos essa consciência, cada um de nós que carrega consigo um celular, é um “ser chipado”. Aonde formos, por vezes, seremos alvo de comércio eletrônico. Nossas palavras em um piscar de olhos são fisgadas no circuito e somos bombardeados com produtos comerciais em larga escala. E quase como vítimas somos levados a adquirir, a fazer, a compreender que desse modo o mundo virtual habita em nós.

Por conseguinte as informações são instantâneas e são transmitidas com velocidade jamais vista. O que também nos leva a refletir que além de cuidar para não sermos vítimas, temos que nos cuidar para não sermos infratores no mundo virtual. Isto é, as redes sociais são essas estruturas que nos levam a compartilhar de interesses comuns e ideias. Também podem nos confundir. E algo que compartilharmos sem a devida certeza pode nos transformar em criminosos. Pois conforme é previsto no código penal, quando insultamos alguém, atribuindo publicamente a ele falsamente atos criminosos, estaremos cometendo crime de calúnia, em que a punição poderá ser com multa e até prisão de seis meses a dois anos. De outro modo, compreende-se o crime de difamação em que o cidadão nas redes sociais, por exemplo, atribui a alguém fato ofensivo a sua reputação, ao nome em que ele goza na sociedade. E o autor da difamação pode ser detido com pena de três meses a um ano e multa. Outro delito bem comum é quando alguém ofende a dignidade do outro com xingamentos ou humilhações. Esse tipo de crime pode valer ao autor detenção de um a seis meses e ainda multa.

Todo cuidado nas redes e com as mídias sociais é pouco. Paulatinamente estamos envolvidos com o mundo virtual, todavia ele muitíssimo verdadeiro e palpável. Cada gesto, ato ou palavra dita nesse ambiente pode nos render bons frutos ou malefícios por toda uma vida inclusive termos que arcar com responsabilidades penais e administrativas. Por isso também é relevante que toda a sociedade tenha consciência e busque compreender os limites em que todos nós estamos investidos. Pois um passo fora da linha, uma expressão mal entendida pode nos colocar em maus lençóis junto à justiça e à sociedade. Escola, pais e filhos devem estar atentos! A educação e a condução dos mais novos sobre o assunto é de suma importância para que não caiamos em armadilhas e para que os adolescentes e os envolvidos com as mídias sociais estejam mais bem preparados a lidar com este universo que se apodera sem precedentes de nossos jovens.

Michael Stephan
Enviado por Michael Stephan em 30/06/2019
Código do texto: T6685230
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