eu e a vastidão das coisas

Resolvi não falar do Neymar. Mas não continuo essas linhas sem citar a copa do mundo feminina que pela primeira teve um destaque maior na mídia. Pequeno aliás, comparado ao tamanho daquelas mulheres.

Sobre amor, bastaria reconhecer que todo amor é bonito e que feio é não amar. Mas ah, a humanidade e sua necessidade de ser constantemente lembrada do óbvio. Já reparou? O dia dos namorados talvez sirva pra isso também, e só por isso não vou entrar no mérito comercial. Queria mesmo é que virasse rotina, e que todas as relações fossem, de fato, uma troca do bem.

É delicioso ter com quem dividir. É encantador poder contar. E a atenção é um detalhe lindo. Saibam disso.

Mas queria mesmo é ressaltar uma coisa - e talvez você nem entenda porque eu não vou aprofundar: quanta vida há na morte! Existem pessoas tão inteiras que mesmo no momento de maior dor, têm olhar para o outro.

O mês de junho sempre me deixa assim confusa, porque considero o aniversário como um ano novo. De alguma forma me apeguei a essa necessidade de entendimento insuportável. Minhas comemorações são independentes e muitas vezes silenciosas, mas eu tenho me saído bem até aqui e espero continuar pelos próximos meses inteiros.

Você não devia ter esperado muito dessa crônica. Hoje eu não estou romântica e nem fiz questão de me ater a tantos acontecimentos públicos, mas quero lembrar que eu bem já avisei aqui: desconfie de quem usa muita mesóclise.

#TextoDeQuinta mesmo

Marília de Dirceu
Enviado por Marília de Dirceu em 13/06/2019
Reeditado em 13/06/2019
Código do texto: T6672185
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