O CÃO E EU

Todas as manhãs, fico na área adjacente à calçada, atrás das grades, para tomar, quando aparece, banho de sol, acompanhado do Tôfu, ora em visita a Lins.

Nesse tempo, aproveitamos para por a conversa em dia. Indago como é a vida de cão na capital, vivendo em apartamento, lá no 22° andar, sem ter visão da rua, das motos, de pessoas ou de outros cães, Não posso dar nem um latido, caso contrário os vizinhos reclamam ao síndico. Se eu pudesse, viveria os restos do meu dia aqui em sua casa, responde.

As pessoas que passam defronte da casa, estranharam no início, Mas, agora, dizem, para manter diálogo com cão é porque não regula bem. Levo-o sempre passear na praça defronte. Todos da vizinhança o conhecem. O Guilherme, da Koinonia Livros, traz o filho para brincar também com o Tôfu e se dão muito bem. Parecem que se conhecem de longa data.

É bem satisfatório o nosso bate-papo. Ele não discorda em nada. Sempre apoia os meus pontos de vista. Olha-me com ternura, com aqueles olhos pequeninos. Pula no meu colo, beija-me na face.

Como despedir-me dele? Está tornando um problema...

O

Yoshikuni
Enviado por Yoshikuni em 06/06/2019
Código do texto: T6666428
Classificação de conteúdo: seguro