Importante ou desimportante?

A nossa construção se dá através do ambiente em que vivemos. O mundo caminha meio desnorteado em relação ao que de fato seja o ser humano. Digo ser humano não no sentido de "humanidade", mas no sentido do real existir. Os meios sociais empoderou mulheres simples, donas-de-casa, líderes religiosos tanto homens quanto mulheres e ativistas em vários meios do segmento da sociedade. Porém, este empoderamento através das mídias é meio oco, falso, moralista e sem muito teor de significação. Claro que, através das mídias podemos dizer o que quisermos, sermos técnicos e levantarmos as bandeiras que quisermos. Há a liberdade de expressão em nosso favor. Contudo, há também que se pensar sobre o comportamento "do outro", do ouvinte das nossas ideias.

São mundos diferentes que se encontram para debates "desmaiados", onde uns concordam e outros discordam e fica tudo por isso mesmo, não dizendo nada e não chegando a nada. Irônico, mas é aí que mora a grande problemática do "pseudo-empoderamento social." O outro se constrói pelo que vive, pelo vivencia, pelo que experimenta, pelo que exclui ou inclui, tirando disso algum sustentáculo para espalhar ideias e ideais. No entanto, cada qual tira sua interpretação sobre o que vê e ouve, sobre o que retém e sobre o descarta.

Nossa construção enquanto sociedade humana é baseada em muitos fatores, desde o ambiente em que crescemos, perpassando pelo ambiente escolar, que entendo como sendo uma extensão da nossa casa, onde há deveres e obrigações. Porém o mundo anda muito enganado na contramão de tudo, em sortes lançadas ao vazio, ao oco e ao pronto, acabou.

Nascemos, crescemos, começamos a frequentar a escola e vamos percebendo que "o outro" é diferente, tem manias diferentes e crenças diferentes. Dá-se então um choque entre o que somos e o quê os outros são e chegar a um equilíbrio quase sempre é meio complicado. As redes sociais deram vida às pessoas que no fundo não passam de sombras dentro de algo obscuro. Iria mais além: nos jogou dentro de uma armadilha.

A vida é muito significativa para quem se baseia no que é real e vive verdadeiramente a realidade nos sentires, tristezas, alegrias, emoções, tragédias, dramas, etc... Devemos fugir de tudo que nos bajulam demais, de tudo que mexe demais com o nosso ego, afinal, nosso "ego" ou "eu" sempre deve ser "o eu profundo", pois, quando estamos diante nós mesmos é que sentimos o quanto somos "importantes e desimportantes" dentro de um contexto enquanto sociedade quando se trata das nossas ideias e ideais.

O caminho por certo é espinhoso, porém, quando caminhamos lado a lado com o nosso próprio eu, enfrentamos com mais delicadeza "os eus" espalhados por aí. Viver é um ato político, talvez um dos maiores! Tudo que é mágico e que se refere à nossa realidade deve ser banido dos nossos pensamentos. Nos construímos pelo que vemos, somos, vivemos e vivenciamos, sempre com o entendimento de que tudo é descartável e tem prazo de validade. O importante é sermos quem somos, independente se estamos agradando ou não, na nossa importância ou até mesmo da falta dela.

Todos são e todos serão um dia de algum modo. O que vale mesmo é o processo enriquecido pelos valores e estes bem observados e exponenciados sem que o outro vire um hiato. Cada mente processa o que é de forma diferente. Eu continuo me sentindo "o nada" diante "de um tudo" e isso me completa e me faz ver e enxergar o mundo ao meu modo.

Felicidade é um sentimento urgente e se somos, sejamos então!

;)

Daniel Cezário
Enviado por Daniel Cezário em 03/04/2019
Reeditado em 15/04/2019
Código do texto: T6614878
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