ciclo novo

Meus 18 anos passaram como o vento passou agora há pouco pela janela e eu nem percebi. Quantas saudades, quanta nostalgia de uma época de incertezas, dúvidas, desilusão amorosas. Agora, final de 2018, e eu aqui novamente, escrevendo, escrevendo…acho que acabarei melancólico como a maioria dos escritores. Fazia tanto tempo que não escrevia, não sabia que era tão divino, tão esplendoroso este ato. Mudaram as estações, como disse Renato Russo, trocaram-se amores, amigos se distanciaram e a única pessoa que permaneceu comigo os 365 dias do ano, fui eu. Eu que aguentei as minhas crises, as minhas paranóias, os meus devaneios. Fui eu que chorei baixinho na calada da noite. Fui eu que me cuidei quando ninguém mais cuidava de mim. Quero me abraçar neste momento e agradecer por quem me tornei. Quero dizer: parabéns para mim, não que seja o meu aniversário, mas o maior presente que tive este ano foi a minha presença diante de mim. Solidão mais feliz não há. Enfim, voltei a escrever.