O PALANQUE

Okamoto disse que era festa, Lula falou que iria ao céu levar seu diploma de inocente, e o séquito a receber-lo como o pão espiritual com mortadela, só gente padrão MST e congêneres, teve até choro com Gilmar ao telefone declarando a mais alta estima e distinta fidelidade, teve repetição dos slogans batidos e sem criatividade, parecendo reunião de partido ou passeata, tudo, menos respeito ao momento. Não vi o Lula com o filho Sandro e com a nora, país da criança. A desenvoltura, os acenos e sorrisos largos, fez do funeral do pequeno um ato político. A histeria que este homem provoca não é sua fortaleza, é a fraqueza psicoespiritual de seus alienados seguidores. Nem Freud explica...

O aparato policial foi para preservar o preso, pois o arquivo é um X-9 em potencial, uma bomba viva. Com certeza muitos da quadrilha o querem morto, outros o sequestrar. Lembram que, quando ele foi preso em Curitiba, tinha um carro que foi interceptado com roupas e passaportes?

Há os que acham que ele tem que ir para uma prisão comum. Certo, mas e a segurança? Não que mereça mordomias, mas tem que ser preservado para ajudar a desmantelar o esquema e para fornecer a senha de muitos cofres que se acham espalhados em paraísos fiscais e congêneres.

E a amante? Não essa que você pensou, a outra. Já entregou o cofre do dinheiro enterrado em Portugal?

Será que ele usará também esse cofre como palanque?

Armand de Saint Igarapery - textos no Face e no Recanto das Letras