AZUL, VERMELHO - GARFO, FACA

Damares, ministra, mais dos mares do que dos céus, protegida de Netuno do tridente, polemisa cores para meninos e meninas escolhendo duas dentre todas do arco-íris.

Homens são de Marte, mulheres são de Vênus. Bicicleta com travessa é para homem, sem travessa é para mulher. Carregar saco de cimento é para homem, fazer tricô é para mulher. Diário cor de rosa é para .mulher, homem não tem querido diário. Calcinha cor de rosa pega bem pra mulher, homem usa cueca e se quiser...Acho que ela sintetizou em um exemplo tudo isso...kkkkkkk. Moral da história: o que eu ou você temos com isso?

Mas, dos humanos, a ciência só revela pelo DNA se a múmia de 2000 anos era do sexo masculino ou do sexo feminino. O resto é questão de preferência, gosto ou falta de gosto. Homem, mulher, garfo, faca, feijão, arroz...lembrem-se sempre disso nos psicotécnicos.

Voltando ao caso específico, é salutar que homens e mulheres sejam tratados como tais desde crianças, e que sejam tratadas com com todo o respeito as minorias e legítimas exceções.

Nesse item das cores, não sei por que a polêmica se é um simples caso de metáfora. Já o que não pode é misturar religião com política e, mesmo que o Estado seja laico, este item requer o rigor de segurança nacional, posto que fanático religioso é tão perigoso quanto fanático ideológico. Mas isso é outra questão, e agora não se faz apropriada.

Armand de Saint Igarapery - textos no Face e no Recanto das Letras