Impermanências

A única certeza que temos é a da impermanência

A filosofia budista fala de uma verdade que atualmente já não é possível mais fugir. Adaptar-se é uma questão de inteligência emocional e economia de energia vital. O universo, sempre em movimento, inicia e finda ciclos ininterruptamente, nos quais estamos imersos e participamos, queiramos ou não.

As mudanças, contudo, são sempre na forma aparente do existir, nas diferenças de posicionamento dos papéis sociais, condição biológica, condição financeira. No campo do profundo, onde mora nosso verdadeiro eu, tudo pode continuar exatamente igual, quando nos recusamos a aceitar a força do progresso, que nos exige a responsabilidade de acompanhá-lo.

Mudar é uma questão de reconhecimento do fim dos ciclos. Na natureza tudo tem começo, meio e fim. Simples entender, mas complexo lidar com as mudanças naturais decorrentes do nosso trânsito pela vida. A resistência vem do conforto de se conhecer a posição em que se está, do medo do novo e da incerteza do futuro.

Lembremos que não existe nada que seja só ruim ou bom. Cada condição traz em si o aprendizado intrínseco. A mudança virá entranhada nas malhas do tempo e cada um dispõe de autonomia para optar pelo crescimento individual proporcionado pelas vivências das múltiplas experiências.

Evitar tomar a iniciativa de reestruturar caminhos pode ser confortável, mas não acompanhar a corrida quando ela se impõe é se deixar atropelar pela vida. Em qualquer situação, mantenha-se alerta aos sinais, dirija aprendizados ao longo da estrada, e não tema os desafios: ultrapasse-os.

Andréia Borges
Enviado por Andréia Borges em 10/12/2018
Reeditado em 13/12/2018
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