OS MAIS SÁBIOS REIS

“Certo dia as árvores saíram para ungir um rei para si. Disseram à oliveira: ‘Seja o nosso rei! "A oliveira, porém, respondeu: ‘Deveria eu renunciar ao meu azeite, com o qual se presta honra ao Deuses e aos homens, para dominar sobre as árvores? "Então as árvores disseram à figueira: ‘Venha ser o nosso rei! "A figueira, porém, respondeu: ‘Deveria eu renunciar ao meu fruto saboroso e doce, para dominar sobre as árvores? "Depois as árvores disseram à videira: ‘Venha ser o nosso rei! "A videira, porém, respondeu: ‘Deveria eu renunciar ao meu vinho, que alegra os deuses e os homens, para ter domínio sobre as árvores? "Finalmente todas as árvores disseram ao espinheiro: ‘Venha ser o nosso rei! "O espinheiro disse às árvores: ‘Se querem realmente ungir-me rei sobre vocês, venham abrigar-se à minha sombra; do contrário, sairá fogo do espinheiro e consumirá até os cedros do Líbano!” (Juízes 9:8-15).

A parábola bíblica retratada acima demonstra que em uma floresta qualquer era imprescindível que uma das árvores governasse o bosque. No entanto, quando aquelas distintas árvores, que em proatividade, se dispuseram a encontrar uma representante, verificou-se que todas as que poderiam ter certo perfil de liderar sobre o arvoredo estavam muito ocupadas com os seus próprios frutos ou impunham condições adversas para poderem se responsabilizarem pelas outras. Bem! Ao refletirmos sobre essa narrativa, compreendemos que também ali, naquela floresta não havia quem as direcionasse de maneira apropriada, para o bem de todas. E que na certa haveria prejuízos para todos que ali convivessem, se alguma daquelas entrevistadas se tornasse ungida ao trono. Cada planta que foi abordada sobre tal vocação para a liderança se assentava em dúvida e pobremente demonstrava apenas inquietação individualizada e imediata, sem uma visão ampla de todo aquele universo da mata.

Antes de mais nada, nós também quando estamos apenas voltados “ao nosso umbigo ou aos nossos botões”, o que prospera é a concepção de que não estamos no acompanhamento do que nos cerca. Pode parecer que permanecemos com a visão turva, fechada ou míope. Podemos apreender ainda que não estarmos abertos e predispostos a concentrar energias no que pode prosperar como solução ao presente e inevitavelmente ao amanhã. O exercício, a análise multifocal, na ampliação dos horizontes pode fazer com que nossa visão se ilumine e possamos enxergar oportunidades e fazer boas escolhas no caminhar da existência. Ademais se faz cogente alargar nossa visão assim como as árvores que buscavam um novo rei. Possamos ter além disso consciência política para que nosso voto realmente possa apontar “os mais sábios reis” para se ungirem em nossa nação, seja em qual função for. Mesmo que o nosso hoje esteja em construção, nosso futuro não pode ser aguardado de maneira passiva como se não pudéssemos interferir nele. Os frutos das quatro árvores citadas na parábola exemplificam tipos de comportamentos e seus resultados. “Com esse entendimento não podemos igualmente nos furtar de fazer essa avaliação; nos conformarmos e vivermos apenas com o pouco que temos. Outrossim e por conseguinte não é demais esquadrinharmos de maneira atenta os mais razoáveis reis para a unção da nossa floresta humana”.

Michael Stephan
Enviado por Michael Stephan em 26/08/2018
Código do texto: T6430674
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