Pequena Reflexão da Greve dos Caminhoneiros

A greve dos caminhoneiros por enquanto continua e não aprendemos quais culpas os governos brasileiros devem assumir nesta árdua lição. O país parou e o fato mais surpreendente desta paralisação é que não é só de estrada vive uma nação, mas de ferrovias e malha marítimas das quais foram esquecidas por muitos anos e hoje sabemos o mal da escolha em apenas um modal.

Também o acúmulo exagerado de tributos incidentes nos combustíveis onde oneram terrivelmente os consumidores finais, ou seja a população que sofre os efeitos desta política perversa. Como frisei na crônica anterior, deve urgentemente voltar estratégias para aprovar uma ampla reforma tributária facilitando esta burocracia torturante na população brasileira, sem isso fica difícil chegarmos a uma arrecadação justa e perfeitamente coerente.

Nunca deve subestimar a força de uma categoria igual a dos caminhoneiros, eles em pouco tempo fizeram uma paralisação extremamente organizada que travou a economia brasileira, alertando o Governo a verificar a necessidade e procurar agir conforme as circunstâncias das paralisações. Tremendamente focados e certos de suas reivindicações mostraram seus pedidos dos quais em grande parte foram atendidos dentro das possibilidades governamentais.

Também nossas autoridades não estão preparadas para momentos de caos, na demora em negociar anteriormente com as entidades representativas dos caminhoneiros, nas quais avisaram antecipadamente das paralisações o Governo foi omisso e permitiu a situação chegar a este ponto, porém diversos Governos antes deste simplesmente tergiversaram sobre o tema e agora a conta chegou pesada demais, já não era sem tempo para que ocorresse esta calamidade.

Aguardamos uma solução rápida para este entrave, pois do modo como estão encaminhando o movimento, muito provavelmente células reacionárias poderão contaminar o intuito inicial da greve, evoluindo para um movimento político, principalmente porque estamos com a corda no pescoço, só não sabemos se estaremos todos vivos até às próximas eleições. A propósito: quais alternativas os senhores e senhoras candidato(a)s irão propor para situações como as vividas atualmente serão solucionadas no aspecto da fluência dos modais de transporte rodoviário, ferroviário e marítimo, apenas para ficar neste problema? Quem viver, verá!!!

Nota do Autor: A greve dos caminhoneiros acumularam dez dias de paralisações, (21/05 a 30/05/18) onde a efetiva ação das Forças Armadas em conjunto com a PRF, foram decisivas para debelar as concentrações de caminhoneiros que ainda permaneciam resilientes. No entanto, o abastecimento de combustível nos postos transcorria lentamente com ajuda de escoltas.

Luis Profeta
Enviado por Luis Profeta em 29/05/2018
Reeditado em 15/10/2020
Código do texto: T6349336
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