O acidente em Tel Aviv

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O acidente - Henrique de Albuquerque

CAPÍTULO I - PRÓLOGO

É outra noite na cidade de Telavive, e se não fosse o ano de 2133 a atmosfera seria completamente diferente -há um novo líder em Israel. As ruas encontram-se desertas, o ar é de imensidão quieta, na cidade só se ouve os transportes subterrâneos rasgando o solo pelas entranhas, nos vagões não há ninguém.

Alguns diriam que hoje é a noite dos ratos, outros dos gatos, ninguém sabe ao certo se deve se esconder: mas o faz só por prevenção. Há um novo partido no poder -sobe Hazel, líder da Linha Democrática Nacional Israelense. Hazel não era humano, e seria fácil dizer que é de Sirius ou de Andrômeda; a questão é que os nossos alienígenas sempre estiveram por perto, nas profundezas do Atlântico, ao leste do arquipélago Fernando de Noronha, alguns dizem que deus é brasileiro, ou melhor, que os deuses são brasileiros.

Hazel era filho desses habitantes do oceano, mas suas características morais e sociais eram dignas de um ser humano, se expressava como nenhum outro e com orgulho em seu discurso inaugural profetizava:

—Uma Nação, para progredir em paz, para ver frutificar seus esforços, para lograr prestígio no Interior e no Exterior, precisa ter uma perfeita consciência do Princípio de Autoridade...

CAPÍTULO II - A INICIAÇÃO

O primeiro mês com Hazel no poder se passou, o segundo mês também, a cidade aos poucos retomava os rumos, muitos protestavam por ter outra espécie no poder, outros cultuavam o líder e criaram até mesmo uma igreja para prestigiá-lo; o que não mudava entre as pessoas era a sensação de diferença: em pouco tempo, ocorreram grandes mudanças na estrutura organizacional da nação.

Como não se tinha legislação sobre outras espécies no poder, Hazel era apto a governar, justamente por ter nascido em Telavive, no período em que seus genitores se escondiam nos lixões de Nínive, encontrados próximos das ruínas que um dia se situou o império Assírio. Assim que assumiu seu mandato, Hazel aproveitou a situação de ausência de legislação, dentre os 30 ministros agora 15 eram ledinianos. Após determinado feito, naturalmente foi feita nova Constituição que abrangesse a pluralidade de espécies inteligentes que poderiam alcançar o governo de Telavive, em essência, era ainda “cidade”, mas devido a um grande boom econômico e tecnológico governamental, após um incidente na América 76 anos atrás, passou a ocupar o território do oriente médio e sudeste da Europa.

(...)

Capítulo III -

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Henrique de Albuquerque Mello
Enviado por Henrique de Albuquerque Mello em 14/05/2018
Reeditado em 17/10/2018
Código do texto: T6336299
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